
Governador afirma que ele e outros seis governadores do Sul apresentaram propostas ao ministro da Justiça, mas foram ignorados
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), voltou a criticar, nesta terça (4), a Proposta de Emenda à Constituição da Segurança Pública, iniciativa do governo federal. Ele postou um vídeo em rede social, afirmando que “a PEC tem que colocar bandido atrás das grades,o que o Brasil não faz.”
Zema disse que a medida “não resolve o problema da segurança” e que “infelizmente o governo federal não abriu os olhos”.
Citou o caso de um comandante da Polícia Militar me mostrou uma pessoa com 88 ocorrências de furtos, de roubos, principalmente de celulares, que hoje deve estar roubando mais uma vez, vai ter uma audiência de custódia e vai ser solto. “Nós estamos enxugando gelo”, declarou o governador.
Zema comentou que ele e os outros seis governadores das regiões Sul e Sudeste apresentaram propostas para a PEC ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o que chamou de “coisas básicas”, que não estão na proposta.
No começo do ano, o governador disse que as mudanças da PEC da Segurança terão impacto limitado na redução da criminalidade.
Consórcio da Paz
Além disso, o governador explicou o “Consórcio da Paz”, grupo formado por governadores de estado na última semana, com foco na segurança pública, após a megaoperação feita pelas Polícias Militar e Civil do Rio de Janeiro contra o CV (Comando Vermelho).
Segundo Zema, o Cosud (Consórcio de Integração Sul e Sudeste) já trabalhava de forma coordenada e integrada, e definiu somar esforços aos estados do Centro-Oeste, como Goiás e Mato Grosso do Sul.
“E nós deixamos muito claro ao governador Cláudio [Castro], que caso ele precise de algum reforço, e tenha mais uma vez, o que é provável e infelizmente uma negativa do governo federal, nós, estados, estamos disponíveis (…) a mandar algum equipamento de reforço (…) um efetivo (…) para realização de operações de combate ao crime organizado, que é o maior câncer que o Brasil tem hoje”, comentou.
O governador mineiro também destacou que o Rio de Janeiro está em guerra e é fácil entender o motivo. O governador Cláudio Castro pediu ajuda ao Governo Federal três vezes. E as três foram recusadas. “Curioso, né? O mesmo governo que, anos atrás, emprestou blindados sem burocracia, quando o governador era Sérgio Cabral, amigo do Lula e um dos maiores corruptos da história do Brasil”, defendeu.
“Uma das soluções seria aprovar a PEC da Segurança. Mas no dia 25 de março de 2024, eu e outros governadores do Sul e Sudeste levamos sugestões a Brasília e fomos ignorados. Essa PEC é uma cortina de fumaça de um governo que, em vez de chamar traficante de terrorista, prefere chamá-lo de vítima”, ressaltou Zema.
O Brasil precisa acordar enquanto ainda há tempo. “E é por isso que estou junto com governadores de direita nessa luta. Se o Governo Federal não faz nada, nós não vamos cruzar os braços vendo o crime crescer nos nossos estados”, concluiu.
