
Novas imagens divulgadas na quinta-feira (30) mostram o momento em que a criança de 11 anos é agredida na porta de casa por um grupo de 13 pessoas, em Caldas Novas, na região Sul de Goiás. O ataque aconteceu na noite da última segunda-feira (27), no bairro Parque Jardim Brasil, e deixou o menino em estado grave. Três adolescentes foram internados, três apreendidos e um adulto segue preso por tentativa de homicídio. Outros nove adolescentes já foram identificados.
Nas gravações feitas por câmeras de segurança de uma casa vizinha, a criança aparece brincando com o cachorro da família quando um grupo de jovens se aproxima. Um deles ergue um pedaço de madeira e atinge a cabeça do menino, que cai no chão logo em seguida. Após a agressão, os suspeitos fogem correndo.
As novas imagens contradizem o depoimento dos suspeitos, que haviam dito à polícia que apenas lançaram o pedaço de pau em direção ao irmão mais velho da vítima, um adolescente de 15 anos, sem intenção de acertar o menino. Segundo as o delegado Alex Miller, responsável pela investigação, o alvo real era o irmão mais velho, que teria se envolvido em uma briga anterior com o grupo.
A criança foi levada em estado gravíssimo para um hospital da cidade e depois transferida para Goiânia, onde permanece internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Segundo publicações de familiares, o menino responde bem ao tratamento, mas ainda corre risco de vida.
A Polícia Civil confirmou que sete pessoas já foram detidas, entre elas um maior de idade preso e seis adolescentes com idades entre 14 e 17 anos. A Justiça determinou a internação provisória de três dos menores, que foram encaminhados a Centros de Atendimento Socioeducativo no interior do Estado.
Durante a operação, a polícia também cumpriu seis mandados de busca e apreensão e apreendeu dois celulares, que passam por perícia. O conteúdo pode revelar conversas e possíveis combinações entre os agressores antes do ataque. “Vamos analisar o aparelho para entender se houve uma articulação prévia ou se o crime ocorreu de forma espontânea. Queremos saber se há algum vínculo associativo entre eles que caracterize uma organização criminosa”, afirmou o delegado Miller.
As investigações são conduzidas pela Delegacia de Apuração de Atos Infracionais (Depai) de Caldas Novas, com apoio do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) e da Central de Flagrantes.
