
As estatais federais registraram prejuízo de R$ 8,3 bilhões entre janeiro e agosto de 2025, pior resultado para o período desde o início da série e já acima do déficit anual recorde de 2024 (R$ 8,07 bilhões), de acordo com dados do Banco Central. No acumulado de 12 meses até agosto, o rombo chega a R$ 8,9 bilhões.
O desempenho interrompe a sequência de seis anos de superávits do setor público empresarial, observada entre 2017 e 2022. Em 2019, sob Jair Bolsonaro, as estatais tiveram superávit recorde de R$ 11,8 bilhões; em 2022, o saldo foi positivo em R$ 6,1 bilhões.
O quadro negativo é puxado pelos Correios, que perderam R$ 4,3 bilhões no 1º semestre de 2025. Em 2024, também apresentaram resultado negativo Serpro, Emgepron, Dataprev e Infraero.
Série histórica (resumo)
2017–2022: sequência de superávits (pico de R$ 11,8 bi em 2019; R$ 6,1 bi em 2022).
2023: déficit de R$ 2,2 bi.
2024: déficit de R$ 8,07 bi (recorde anual).
2025 (jan–ago): déficit de R$ 8,3 bi; em 12 meses, R$ 8,9 bi.
Se a tendência se mantiver, 2025 deve superar o recorde negativo de 2024, consolidando a pior sequência de resultados das estatais sob governos do PT desde 2001.
