
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) solicitou, em videoconferência com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a retirada das sanções impostas contra autoridades brasileiras. O pedido foi feito na manhã desta segunda-feira (6), durante reunião virtual confirmada em nota oficial pelo Palácio do Planalto.
Além da revogação das sanções, Lula também pediu o fim do tarifaço aplicado pelos EUA a produtos brasileiros. O governo norte-americano elevou tarifas de importação para até 50% em setores estratégicos da economia brasileira, como o aço e o agronegócio.
Entre os alvos das sanções está o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, relator das ações que investigam a tentativa de golpe atribuída ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Moraes foi incluído na lista de restrições da Lei Magnitsky, instrumento jurídico americano utilizado para punir violações de direitos humanos e corrupção em escala global.
Além disso, a Casa Branca suspendeu vistos de entrada nos EUA para autoridades do alto escalão brasileiro, como os ministros Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) e Alexandre Padilha (Saúde).
Segundo o Planalto, Lula argumentou que os Estados Unidos mantêm superávit na balança comercial com o Brasil — um dos poucos casos entre países do G20 — e defendeu o restabelecimento de relações econômicas em bases mais equitativas.Investir no Brasil
A conversa virtual também contou com a participação do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e dos ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Fernando Haddad (Fazenda) e Sidônio Palmeira (Comunicação).
Lula e Trump ainda discutiram a possibilidade de um encontro presencial durante a cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), marcada para o fim de outubro, na Malásia. O presidente brasileiro reiterou o convite para que o americano participe da COP30, programada para 2025, em Belém (PA).
