A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou que defenderá os conservadores brasileiros “como uma leoa” e não descartou disputar cargos eletivos no futuro. As declarações foram dadas em entrevista publicada nesta quarta (24) pelo jornal britânico The Telegraph, que a apresenta como possível herdeira política do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Michelle atribuiu a condenação do marido a uma “armação” e classificou o julgamento como “farsa judicial”. Disse ainda apoiar medidas recentes do governo dos Estados Unidos e, segundo o jornal, mencionou o aumento tarifário de 50% sobre importações brasileiras como parte do contexto de pressão externa durante o processo contra o ex-presidente.

Questionada sobre candidatura, a ex-primeira-dama afirmou que sua prioridade é a família — citando o tratamento de lesões cancerígenas na pele de Jair Bolsonaro —, mas indicou que poderá entrar na disputa “se for da vontade de Deus”. “Minha total atenção está voltada para cuidar das minhas filhas e de meu marido neste momento delicado”, disse. “Se for necessário assumir uma candidatura política, estarei pronta.”

A publicação britânica a descreve como principal voz da direita no país após a condenação do ex-presidente. No plano doméstico, aliados veem Michelle como figura com alta capilaridade entre evangélicos e mulheres e eventual cabeça de chapa ou nome para o Legislativo em 2026.