O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), fez nesta segunda-feira (22) um balanço de sua gestão e afirmou que deixará um “legado” para os próximos governos. As declarações ocorreram na abertura de um seminário promovido por um banco, em São Paulo.

No discurso, Haddad adotou em alguns momentos tom considerado de “despedida”, embora tenha afirmado estar satisfeito no comando da pasta e não tenha dado indicações de que pretende deixar o posto.

O nome do ministro é especulado para a eleição de 2026. Ele é cotado para disputar uma vaga no Senado ou novamente o governo de São Paulo — cargo ao qual concorreu em 2022, quando foi derrotado por Tarcísio de Freitas (Republicanos). Publicamente, Haddad tem dito que não pretende ser candidato. Caso mude de posição, precisará se desincompatibilizar em abril de 2026, seis meses antes do pleito.

Ao abordar o cenário econômico, o titular da Fazenda listou obstáculos recentes à agenda do governo, como o avanço dos precatórios e a dinâmica das emendas parlamentares. Apesar das dificuldades, afirmou não ver motivo para que o Executivo atribua à Câmara ou ao Senado a responsabilidade por travas na pauta: segundo ele, o Congresso vem colaborando com as medidas econômicas.