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Advogado ligado à Trump Media entra na mira da PF em investigação sobre Bolsonaro
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 22/08/2025 14:14
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A Polícia Federal mencionou o advogado Martin De Luca, representante da Trump Media Group e da plataforma Rumble, no relatório final que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O documento aponta contatos frequentes entre Bolsonaro e o advogado envolvendo ações judiciais, notas públicas e estratégias de comunicação contra o Supremo Tribunal Federal (STF), em especial contra o ministro Alexandre de Moraes.

 

Segundo a PF, mensagens extraídas do celular de Bolsonaro mostram que ele recebia petições, orientações de comunicação e até pedidos de entrevistas encaminhados por De Luca. Em julho, o ex-presidente chegou a enviar ao advogado uma minuta de publicação elogiando carta do ex-presidente Donald Trump a Lula sobre tarifas de importação e pediu que fosse revisada.

 

 

Na resposta, De Luca prometeu preparar um resumo “de como pode melhorar a comunicação do tarifaço” e, no dia seguinte, encaminhou a Bolsonaro uma petição já protocolada nos Estados Unidos pela Trump Media e pela Rumble contra decisões de Moraes. Poucos dias depois, a PF encontrou cópia impressa desse documento na casa de Bolsonaro.

 

Para os investigadores, a troca de mensagens constitui “indício relevante de desvio quanto à real finalidade das pretensões deduzidas pela empresa” em ações apresentadas na Justiça americana, reforçando a suspeita de tentativa de coação no curso do processo e de obstrução de investigação penal.

 

Defesa reage

Em nota publicada na rede X nesta quinta-feira (21), De Luca afirmou que Moraes promove “uma incansável campanha de censura” e disse que seguirá atuando “de forma transparente e profissional, sem medo”. Segundo ele, “a verdadeira responsabilização de Moraes não virá por relatórios policiais, mas nos tribunais dos Estados Unidos”.

 

 

A PF também destacou que Bolsonaro teria utilizado essas conexões como parte de uma estratégia para ampliar ataques ao STF e pressionar Moraes.

 

O caso segue sob análise do Supremo, com relatoria de Alexandre de Moraes, e caberá à Procuradoria-Geral da República (PGR) decidir se apresenta denúncia contra o ex-presidente.

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