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Bruno Peixoto denuncia abandono da Igreja da Boa Morte na Cidade de Goiás e cobra ação do governo federal
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 30/07/2025 14:11
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O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), deputado Bruno Peixoto (UB), denunciou o abandono da Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte, um dos mais relevantes marcos da fé e da história do povo goiano. “Não podemos aceitar que o governo federal deixe a memória do nosso povo virar pó”, disse ele durante a cerimônia de transferência simbólica da capital do Estado para a Cidade de Goiás, realizada na noite desta segunda-feira (28/7).

 

 

O parlamentar criticou a inércia do governo federal, responsável pela preservação dos bens tombados em nível federal. “O IPHAN tem abandonado a Cidade de Goiás e ignorado o estado crítico desse patrimônio, que carrega séculos de religiosidade e tradição goiana”, disse

 

A Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte, construída no século XVIII, é um símbolo da religiosidade e da cultura da antiga Vila Boa, reconhecida como Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco.

 

 “Se o governo federal não dá conta, aprendam com o governador Ronaldo Caiado, que tem mostrado responsabilidade e ações concretas para proteger nossa história e cultura”, afirmou.

 

 

O superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em Goiás, Gilvane Felipe, afirmou que, apesar de tombada, a Igreja da Boa Morte não é de responsabilidade do IPHAN. Segundo ele, a gestão do bem é compartilhada entre a Diocese de Goiás e o Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM). O IPHAN, segundo ele, notificou formalmente o IBRAM sobre a necessidade urgente de manutenção do imóvel. Quanto à possibilidade de transferência da guarda do patrimônio, Felipe esclareceu que apenas a Diocese pode propor tal medida.

 

Veja a nota na íntegra:

 

Durante evento na cidade de Goiás nesta segunda-feira, 28/07, o

 

 

Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás

 

(ALEGO), Deputado Estadual Bruno Peixoto, criticou o que

 

segundo ele seria “incompetência do IPHAN”, a situação da Igreja

 

 

da Boa Morte. Acrescentou que o IPHAN deveria repassar a

 

incumbência daquele bem tombado ao Governo do Estado,

 

supostamente, segundo ele, mais competente.

 

Em relação às declarações do Senhor Deputado, Presidente da

 

ALEGO, temos a informar:

 

1. Que a Igreja da Boa Morte, apesar de ser um bem tombado,

 

não pertence ao IPHAN, pertence à Diocese de Goiás;

 

2. Que a gestão da Igreja da Boa Morte, assim como do Museu

 

de Arte Sacra que ela abriga, encontram-se sob

 

responsabilidade compartilhada do IBRAM, Instituto Brasileiro

 

de Museus e de sua proprietária, a Diocese de Goiás;

 

3. Que por ser um bem tombado, cabe ao IPHAN sua

 

fiscalização. Assim sendo, cumprindo a atribuição legal que

 

lhe cabe, o IPHAN/GO notificou oficialmente em 06/06/2025 o

 

IBRAM, quanto à necessidade urgente de manutenção da

 

Igreja da Boa Morte;

 

4. Que quem pode transferir ao Governo do Estado a guarda da

 

Igreja da Boa Morte é apenas e tão somente a sua

 

proprietária, a Diocese de Goiás, a quem deve ser dirigida a

 

proposta de transferência verbalizada pelo Presidente da

 

Assembleia Legislativa e não ao IPHAN;borte

 

5. Que uma sugestão para resolver financeiramente as

 

necessárias e urgentes obras de restauração da Igreja da Boa

 

Morte seria o Deputado atuar junto à bancada de seu partido,União Brasil, uma das maiores de Goiás, para que seja

 

destinada emenda parlamentar para viabilizar a recuperação

 

do bem tombado, o que para ele não seria muito trabalhoso,

 

haja vista que cada deputado federal tem um montante de

 

recursos do orçamento impositivo ao seu dispor e que

 

certamente o Presidente da ALEGO, como membro ilustre de

 

seu partido, não teria dificuldade em convencer alguns, ou até

 

mesmo a bancada como um todo, a colaborar com a situação

 

que tanto o comoveu.

 

Como se vê, atribuir ao IPHAN a situação da Igreja da Boa Morte

 

revela total desconhecimento da realidade dos fatos, equívoco que

 

poderia ter sido evitado com apenas uma ligação telefônica.

 

No mais, o IPHAN coloca-se à disposição da Assembleia

 

Legislativa de Goiás, assim como de todos aqueles que estejam

 

interessados em preservar o patrimônio cultural no Estado de

 

Goiás.

 

Goiânia, 29 de julho de 2025.

 

Gilvane Felipe

 

Superintendente do IPHAN/GO

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