O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT na Câmara, protocolou nesta segunda-feira (21) um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que seja reavaliada a possibilidade de prisão preventiva do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A solicitação ocorre após declarações do parlamentar, em uma transmissão ao vivo, com supostos ataques ao ministro Alexandre de Moraes e ‘intimidações a agentes da Polícia Federal’ (PF).

Na petição, endereçada ao relator do inquérito que investiga suposta tentativa de obstrução de Justiça, Moraes, Lindbergh argumenta que as falas de Eduardo Bolsonaro ultrapassam os limites da liberdade de expressão parlamentar e configuram “atos ilícitos com potencial de afetar o andamento da investigação criminal, constranger servidores públicos e subverter a autoridade da Corte”.

Durante a live realizada no domingo (20), Eduardo se referiu de maneira agressiva a um agente da PF envolvido nas ações de busca e apreensão autorizadas pelo STF: “Vai lá, coleguinha, cachorrinho da Polícia Federal. Se eu ficar sabendo quem é você, eu vou me mexer aqui”.

Para o líder petista, a declaração tem “inequívoco caráter intimidador” e representa “grave violação ao princípio da autoridade da jurisdição”. Ele também destacou que o conteúdo teve “imediata repercussão institucional” e pediu providências ao tribunal.