O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-SP) oficializou nesta quinta-feira (17) a pré-candidatura de Michelle Bolsonaro (PL-DF) ao Senado pelo Distrito Federal. Durante entrevista coletiva no Congresso Nacional, ele também confirmou que Carlos Bolsonaro (PL-RJ) pode disputar uma cadeira no Senado por Santa Catarina, diante de pesquisas favoráveis.

Segundo Bolsonaro, o Partido Liberal aposta fortemente na eleição de senadores como forma de “equilibrar os poderes”. A estratégia prevê também a reeleição de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ao Senado e a movimentação de nomes como Bruno Scheidt (Rondônia), Gilson Machado (Pernambuco) e Capitão Alberto (Amazonas).

Na coletiva, Bolsonaro voltou a defender a anistia dos manifestantes envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, alegando a existência de “injustiças”, inclusive contra “inocentes e idosos”. Disse ainda que, se estivesse no Brasil na data dos ataques aos Três Poderes, teria sido preso. “Seria buscado em casa como troféu”, afirmou.

O ex-presidente negou qualquer articulação golpista e alegou que alertas da ABIN sobre manifestações foram ignorados pelo GSI, então comandado por Gonçalves Dias. “Mais de trinta alertas foram enviados, e o general sumiu”, disse.

Bolsonaro também comentou a situação de seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP), atualmente licenciado da Câmara. Segundo o ex-presidente, Eduardo deveria permanecer nos Estados Unidos, pois “seria preso no aeroporto” caso retornasse ao Brasil.

Eduardo está fora do país desde que se licenciou do mandato por 120 dias. O período expira em 20 de julho. Se não comparecer às sessões, corre risco de perder o mandato. Ele é investigado em inquérito aberto a pedido da PGR em maio, que apura sua atuação internacional contra autoridades brasileiras.

“A presença dele é mais útil lá do que aqui”, afirmou Bolsonaro, em referência aos esforços do filho em interceder junto a aliados de Donald Trump no Congresso americano.