
José Miguel Castro, ex-gerente municipal de Lima e testemunha-chave em um dos principais casos de corrupção envolvendo as construtoras brasileiras Odebrecht e OAS no Peru, foi encontrado morto neste domingo (29) em sua residência, no distrito de Miraflores, em Lima. Castro cumpria prisão domiciliar por determinação do Judiciário.
O ex-funcionário integrou a gestão da ex-prefeita Susana Villarán entre 2011 e 2014 e colaborava com a Justiça no esclarecimento de pagamentos ilegais feitos pelas empreiteiras brasileiras para impedir um processo de revogação de mandato contra a então prefeita.
O falecimento ocorre a menos de três meses do início do julgamento de Villarán, marcado para 23 de setembro. Segundo o Ministério Público peruano, Castro havia aderido ao mecanismo de colaboração eficaz e seria peça-chave na acusação.
“Ele era a segunda pessoa em importância depois da senhora Villarán”, afirmou o procurador José Domingo Pérez, responsável pela “Operação Lava Jato” no Peru. Castro também figurava como um dos acusados no processo e era aguardado para prestar depoimento.
As causas da morte não foram divulgadas até o momento, e as autoridades peruanas ainda não confirmaram se há indícios de crime.
