
Duas gafes protagonizadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a cúpula do G7 no Canadá reacenderam o debate sobre sua idade e condição de disputar um novo mandato em 2026. O episódio gerou desconforto na base governista e foi explorado pela oposição como indício de fragilidade.
Durante a foto oficial ao lado de líderes internacionais, Lula se distraiu conversando com o presidente do Conselho Europeu, António Costa, e precisou ser advertido para olhar à câmera. Em outro momento, interrompeu o discurso do primeiro-ministro canadense Mark Carney ao relatar falhas no aparelho de tradução simultânea.
O senador Sergio Moro (União Brasil) criticou o presidente, afirmando que “Lula mostra sinais de senilidade”. Para a oposição, os episódios reforçam o argumento de que o petista não teria mais condições de comandar o país por mais quatro anos.
A cúpula do PT, por outro lado, avalia que adversários devem usar a idade de Lula — que completa 80 anos em outubro — como linha central de ataque eleitoral. O partido, no entanto, mantém a estratégia de reeleição e aposta na recuperação da imagem com foco em entregas econômicas até o próximo ano.
Lula já afirmou que será candidato em 2026, diferentemente de Joe Biden, que anunciou sua desistência à reeleição nos Estados Unidos. A comparação entre os dois veteranos tem ganhado força dentro e fora do Brasil, tanto pela idade quanto pelo desgaste visível em aparições públicas.
Embora os aliados tentem minimizar o impacto dos episódios, parte da base reconhece que gafes internacionais têm potencial de desgaste simbólico. No ambiente da política digital — onde imagens e vídeos ganham mais força que discursos —, a percepção pública pode ser decisiva.
