
Os partidos Solidariedade e PRD vão oficializar, na próxima quarta-feira (25), a criação de uma federação partidária com foco nas eleições de 2026. O anúncio será feito em ato conjunto que contará com a presença de lideranças nacionais como Paulinho da Força (Solidariedade-SP) e Vinícius Neskau (PRD), ex-genro de Roberto Jefferson. A federação será presidida por Ovasco Resende, que já comanda o PRD.
A aliança nasce com dez deputados federais e um governador, Clécio Luís, do Amapá, e tem como objetivo garantir a sobrevivência política em um cenário de endurecimento das regras eleitorais.
A cláusula de desempenho, que será ainda mais rígida nas próximas eleições, impõe limites de votação mínima nacional para que partidos tenham acesso ao fundo partidário e tempo de rádio e TV.
Solidariedade e PRD já formavam, junto com o Avante, um bloco parlamentar na Câmara dos Deputados. Apesar da proximidade, o Avante, por ora, optou por não integrar a federação.
De acordo com dirigentes envolvidos na articulação, a ideia é atrair novas siglas para fortalecer o grupo, mirando especialmente o PSDB e o Podemos, legendas que também sentem a pressão da cláusula de barreira.
A federação será construída com base em um estatuto comum, programa unificado e uma direção nacional compartilhada. Ao contrário das coligações extintas em 2017, as federações exigem compromisso de convivência por pelo menos quatro anos, o que torna o casamento entre as legendas mais robusto e de longo prazo.
