
O guarda civil metropolitano de Goiânia (GCM), identificado como C.P.A., preso em flagrante no último dia 25 de maio após efetuar disparos de arma de fogo durante uma discussão de trânsito na BR-060, em Alexânia, possui um histórico criminal que inclui condenações por ameaça e injúria, além de registros por violência doméstica e dano ao patrimônio. A informação foi confirmada por certidão de antecedentes criminais obtida pelo Mais Goiás junto ao Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO).
O GCM figura como suspeito em pelo menos quatro processos. Um deles, iniciado em 2019 na comarca de Goiânia, trata de ameaças e injúrias contra uma ex-companheira. Ele foi condenado criminalmente e atualmente cumpre pena sob acompanhamento da 3ª Vara de Execuções Penais.
Outro processo por ameaça, também no mesmo contexto de violência doméstica, foi extinto após desistência da vítima. Há ainda um registro por dano ao patrimônio em Petrolina de Goiás, cuja punibilidade foi extinta por decadência.
O episódio mais recente é investigado como tentativa de homicídio e foi justamente o que resultou na briga de trânsito em Alexânia. De acordo com a Polícia Militar, C.P.A. sacou uma pistola Taurus G2C de uso particular e efetuou dois disparos após uma briga de trânsito. A vítima não foi atingida.
Briga de trânsito e disparos: entenda o caso
A ocorrência foi registrada às margens da BR-060, na altura do município de Alexânia. Segundo a PM, testemunhas relataram uma discussão entre dois motoristas. O agente conduzia um veículo Changan Chana branco no sentido Brasília à Goiânia quando, conforme depoimento à polícia, um outro condutor teria começado a realizar manobras perigosas e a “fechar” seu carro na pista.
Após a troca de ofensas e perseguição por alguns quilômetros, o outro motorista teria lançado uma pedra contra o para-brisa do carro de C.P.A., que passou a filmar a situação.
Em determinado momento, ao perceber que uma nova pedra seria atirada, o GCM afirma ter sacado sua pistola e efetuado dois disparos em direção ao veículo adversário, que havia parado às margens da rodovia. O outro motorista fugiu e seguiu viagem rumo a Pirenópolis.
O GCM foi detido em flagrante e encaminhado à Delegacia de Águas Lindas de Goiás.
O que diz a GCM
Procurada pelo Mais Goiás, a Guarda Civil Metropolitana de Goiânia confirmou que tinha conhecimento dos antecedentes criminais do servidor. Também confirmou que ele já havia sido alvo de sindicância e processo disciplinar.
Em razão desse histórico, o armamento da instituição foi recolhido em 9 de novembro de 2019 pela Corregedoria-Geral da GCM. Desde então, o agente vinha afastado da atividade de campo e estava lotado na Divisão de Segurança no Trabalho e Assistência Social (SETSTAS-DSTAS), por questões psiquiátricas.
Ainda de acordo com a corporação, o período formal de afastamento havia encerrado recentemente, e o servidor vinha sendo acompanhado pela equipe de psicologia da instituição. O portal tentou contato com a defesa do GCM, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.
