Offline
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/113401/slider/9f22fe65968d79b6f45efc1523e4c4aa.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/113401/slider/80a574611830c0240c40e4d3d91929b3.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/113401/slider/820cc21bcd0a39be79b3ab806132ac70.jpg
Comando Vermelho é alvo de operação por influenciar eleições no Ceará, diz investigação
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 04/06/2025 12:50
Últimas Notícias

  

Uma investigação conduzida pelo Ministério Público do Ceará, com apoio de forças policiais do Rio de Janeiro, apontou que integrantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV) atuaram diretamente para influenciar o resultado das eleições municipais de 2020 em Santa Quitéria, no interior cearense. A apuração revelou um esquema que envolvia compra de votos, intimidação de eleitores e ameaças ao cartório eleitoral local, com base de comando estruturada na favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro.

 

A operação, deflagrada no sábado (31), cumpriu mandados de prisão, busca, apreensão e sequestro de bens contra alvos ligados à organização criminosa. Os líderes da ação, segundo as autoridades, operavam de forma remota a partir da comunidade carioca, mantendo articulação com criminosos no Nordeste e exercendo influência sobre o pleito eleitoral em Santa Quitéria. Foram apreendidas armas de fogo, drogas, munições e bens de origem ilícita.

 

 

A ação é resultado de um acordo de colaboração premiada firmado no âmbito de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), homologado pelo Ministério Público Eleitoral. Com base nos relatos e provas obtidas, a Justiça cassou os mandatos do então prefeito e do vice-prefeito eleitos no município e determinou a anulação total da eleição.

 

Na sentença, o Judiciário reconheceu o abuso de poder político e econômico derivado da atuação da facção. A denúncia cita episódios de compra de votos, ameaças de represália contra eleitores e até a elaboração de planos para atacar o Cartório Eleitoral da cidade, com objetivo de desestabilizar o processo eleitoral.

 

Segundo a apuração, enquanto interferia no cenário político cearense, o Comando Vermelho mantinha uma base de operações na Rocinha. Os líderes foragidos utilizavam a comunidade como refúgio e centro logístico, onde contavam com apoio da estrutura local da facção.

 

 

A ação policial contou com a participação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), da Secretaria de Segurança Pública do Ceará e de forças policiais dos dois estados.

 

Comentários
Comentário enviado com sucesso!