
Presa desde maio de 2024 em Uberlândia, a artista plástica e modelo Kawara Welch Ramos de Medeiros foi condenada a dez anos e sete meses de reclusão em prisão domiciliar por perseguir um médico de Ituiutaba, entre os anos de 2020 e 2023. A stalker também foi sentenciada por roubo das chaves do carro e do celular da esposa do médico.
O juiz também condenou a avó de Kawara, Dalva Pereira Ramos, a seis anos e oito meses de prisão por participação no roubo do celular. Avó e neta terão ainda que pagar indenização de R$ 33,5 mil por danos morais e materiais à família.
Em depoimento que consta no processo, o médico disse que conheceu Kawara em 2018, quando a mulher o procurou apresentando sinais de depressão. Ela voltou com frequência à clínica e o stalking se agravou. O homem revelou ter recebido, em um único dia, 1.300 mensagens e 500 ligações da artista plástica. Foram registrados pelo menos 42 boletins de ocorrência.
Como a sentença foi lavrada primeira instância, cabe recurso. E o advogado de defesa das duas rés disse ao G1 que considera a decisão “pobre e completamente afastada da verdade”. Ele disse também que fotos, vídeos e áudios mostram que a jovem é a vítima, não a vilã.
“A decisão é pobre e completamente afastada da verdade demonstrada em fotos, vídeos e áudios que revelam toda a farsa edificada para transformar a real vítima em algo que atendesse às demandas interessadas. Atualmente, são raros os exemplos de juízes que repelem acusações infundadas ou pautadas em mentiras ou distorções”, afirmou o advogado.
