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Presidente do PSB acusa Dilma de usar Abin contra Eduardo Campos na eleição de 2014
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 30/05/2025 12:53
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O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, afirmou que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) utilizou a estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar o ex-governador de Pernambuco e então presidenciável Eduardo Campos (PSB) durante a eleição de 2014. A declaração foi feita em entrevista ao podcast Direto de Brasília, do jornalista Magno Martins, publicada na terça-feira (28).

 

Segundo Siqueira, Dilma teria interferido diretamente na pré-candidatura de Campos, considerado à época uma ameaça à sua reeleição. “Quando Eduardo saiu pré-candidato, era uma renovação. E a pré-candidatura dele saiu a fórceps, porque a presidente Dilma Rousseff interferiu tanto. Ele sofreu muitas ameaças, teve uma greve em Suape, Dilma botou um agente da Abin lá”, disse. “Vivi tudo isso intensamente. Sei o quanto foi difícil, as dificuldades políticas que passamos foram muito grandes, insufladas pelo governo Dilma e por gente do PT.”

 

 

Eduardo Campos morreu em 13 de agosto de 2014, em um acidente aéreo durante a campanha presidencial. À época, sua candidatura ganhava força no campo da centro-esquerda e era vista como alternativa à polarização entre PT e PSDB. Após a morte de Campos, a chapa do PSB foi encabeçada por Marina Silva, então vice, que acabou derrotada no primeiro turno.

 

As declarações de Siqueira reacendem questionamentos em torno do episódio e coincidem com críticas à falta de renovação de lideranças no campo da centro-esquerda. O dirigente, que deixará o comando do PSB após 11 anos, manifestou apoio ao nome do prefeito do Recife, João Campos (PSB), filho de Eduardo Campos, como liderança emergente.

 

“Quando se olha o panorama para 2026, você vê na direita os governadores Romeu Zema, Tarcísio de Freitas, Ronaldo Caiado, entre outros. Na centro-esquerda, que não tratou de fazer uma renovação, só vê o presidente Lula. Acho que a dificuldade de renovar está no PT”, afirmou.

 

 

As declarações também retomam temas sensíveis dentro do PSB. Em 2023, o advogado Antônio Campos, irmão de Eduardo, pediu à Justiça a reabertura do inquérito que investigou o acidente. O pedido se baseou, entre outros elementos, em duas cartas psicografadas que, segundo ele, conteriam mensagens atribuídas ao ex-governador. Em uma das cartas, Eduardo Campos se referiria a “falsos amigos” e “traidores”.

 

“Não guardo ódio, mas, sim, ainda, revolta”, dizia um dos trechos atribuídos a Campos. “O Brasil precisa saber a causa do acidente, se teve conotação política e se existe a real possibilidade de Eduardo Campos ter sido assassinado”, afirmou Antônio à Folha de Pernambuco.

 

 

O inquérito do acidente foi encerrado em 2019 pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), sem apontar uma causa definitiva para a queda do jato Cessna Citation PR-AFA. Em setembro de 2023, a Justiça Federal autorizou a reabertura do caso. Em abril de 2024, no entanto, o inquérito foi novamente arquivado após parecer da Procuradoria-Geral da República, que apontou ausência de elementos novos.

 

A ex-presidente Dilma Rousseff não se pronunciou sobre as acusações até o momento. Procurada, a assessoria da Abin também não comentou.

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