O colunista político Claudio Humberto, do site Diário do Poder, afirmou que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), de sinalizar uma estratégia semelhante à adotada por seu antecessor, Rodrigo Pacheco, durante a CPI da Covid. Segundo o texto, Alcolumbre estaria se articulando para blindar a esquerda e evitar investigações contra entidades suspeitas de envolvimento em fraudes contra aposentados.
Humberto relembra que, na CPI da Pandemia, Pacheco garantiu à esquerda a presidência, a relatoria e a maioria dos membros, o que teria impedido que apurações alcançassem o chamado “Consórcio Nordeste” — formado por governadores da região durante a crise sanitária. A compra frustrada de respiradores com dinheiro público, sem entrega efetiva dos equipamentos, gerou escândalo à época, mas não foi investigada com profundidade pela CPI.
“O presidente do Senado sinaliza o golpe que o antecessor aplicou na CPI da Covid”, escreveu Claudio Humberto. “Assim como hoje quer blindar entidades que roubaram os aposentados.”
A referência atual diz respeito ao escândalo envolvendo descontos indevidos nos benefícios de aposentados do INSS, alvo de uma investigação da Polícia Federal que revelou a existência de entidades de fachada operando em nome de associações para aplicar fraudes em milhões de beneficiários. O caso resultou na Operação Sem Desconto, que derrubou nomes do alto escalão da Previdência e revelou o envolvimento de ex-diretores e empresários em um esquema de cobrança ilegal.
De acordo com o colunista, Alcolumbre estaria atuando para esvaziar o ímpeto de apurações parlamentares sobre o tema, repetindo a fórmula já vista na CPI da Covid. A crítica se apoia na percepção de que o Senado evita abrir comissões de investigação sobre casos que envolvam aliados do governo.
A coluna de Claudio Humberto sugere que, mais uma vez, o comando do Senado está sendo usado para proteger interesses políticos, em vez de cumprir seu papel fiscalizador. Até o momento, não houve manifestação oficial de Alcolumbre sobre as acusações.
