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Presença de governadores em ato pressiona Bolsonaro por definição sobre 2026
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 07/04/2025 14:02
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A manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (6), na Avenida Paulista, teve clima de apelo popular, faixas pela anistia dos presos do 8 de Janeiro e discursos inflamados. Mas, nos bastidores, a movimentação dos governadores aliados trouxe um recado claro: é hora de Bolsonaro apontar um caminho para 2026.

 

 

A presença conjunta de Tarcísio de Freitas (Republicanos), Ronaldo Caiado (União Brasil), Romeu Zema (Novo) e Ratinho Jr. (PSD) – todos potenciais presidenciáveis – não passou despercebida. Os quatro postaram a mesma foto, com a frase “Unidos pela anistia”, gesto que para aliados soou mais do que solidariedade aos presos dos atos golpistas: foi um ensaio de coesão conservadora e uma cobrança pública por definição.

 

Nos bastidores, cresce a pressão para que Bolsonaro, já declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), abandone o discurso da esperança judicial e indique quem será o herdeiro político em 2026. O ex-presidente, no entanto, tem resistido. “Estou inelegível, mas não estou morto”, tem repetido em entrevistas e discursos, numa sinalização de que ainda espera uma reversão improvável.

 

A maioria da classe política e jurídica, porém, não compartilha desse otimismo. Para interlocutores próximos, Bolsonaro mantém o campo da direita paralisado ao evitar anunciar um sucessor. Internamente, aliados reconhecem que a indefinição abre espaço para divisões, enquanto a esquerda, com Lula no poder, já se organiza.

 

Otoni de Paula, deputado federal que foi vice-líder na Câmara do ex-presidente, disse ao Mais Goiás que Bolsonaro vive uma “ilusão” e enquanto não toma uma decisão, o campo conservador perde um terreno que acaba favorecendo o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

 

 

Entre os governadores, o clima foi de unidade, mas também de movimentação. Caiado, que lançou oficialmente sua pré-candidatura ao Planalto na última quinta-feira (4), Zema e Ratinho Jr. são vistos como nomes que, embora discretos, estudam cenários. Já Tarcísio, o mais próximo de Bolsonaro, insiste que disputará a reeleição em São Paulo, mas também evita fechar portas.

 

Além dos quatro que postaram juntos, outros três governadores compareceram à manifestação: Jorginho Mello (PL-SC), Wilson Lima (União-AM) e Mauro Mendes (União-MT). Antes do ato, os sete posaram com Bolsonaro em uma imagem que simboliza o que ainda resta de força ao ex-presidente: a fidelidade de parte dos governadores da direita.

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