Ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) utilizaram as redes sociais nesta segunda-feira (31) para repudiar o golpe militar que completa 61 anos. Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Rui Costa (Casa Civil) e Luiz Marinho (Trabalho) criticaram o episódio que deu início à ditadura militar no Brasil e enfatizaram a necessidade de defesa da democracia.
“É preciso relembrar para não repetir! O Golpe Militar aconteceu há 61 anos, mas hoje ainda precisamos lutar firmemente em defesa da democracia, contra o extremismo e pela justiça. Ditadura nunca mais. Democracia sempre. Sem anistia”, escreveu Rui Costa.
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Já Luiz Marinho destacou os impactos da ditadura no país e reforçou o repúdio a qualquer tentativa de golpe. “Hoje é um dia para lembrarmos de quão nocivas são as ditaduras. Períodos de dores e tristes lembranças. No caso do Brasil: torturas, assassinatos, desaparecimentos, corrupção e impunidade. Por isso, neste 31 de março, a palavra de ordem é anistia, não”, publicou.
Gleisi Hoffmann relembrou a repressão do regime militar e a luta pela redemocratização. “A ditadura cerceou direitos e garantias, perseguiu, prendeu e matou opositores”, escreveu.
A ministra mencionou a resistência ao regime e o processo que levou à Constituição de 1988, além de citar o ex-deputado Rubens Paiva, assassinado por agentes do Estado durante a ditadura. Ela também defendeu punição aos extremistas de 8 de janeiro e aos envolvidos na tentativa de golpe contra Lula.
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“É importante recordar esse período nos dias de hoje, em que estão sendo levados a julgamento os comandantes de uma nova tentativa de golpe, incluindo um ex-presidente da República tornado réu”, afirmou.
“A responsabilização penal dos golpistas, na vigência plena do estado de direito e das garantias constitucionais que tentaram abolir, é um dever histórico em defesa da democracia, hoje e para sempre”, completou.
A expectativa é de que as Forças Armadas não se manifestem sobre o aniversário do golpe, postura adotada desde 2023, quando Lula retornou ao Planalto. Na gestão de Jair Bolsonaro (PL), Ministério da Defesa, Exército, Marinha e Aeronáutica publicaram a cada 31 de março textos saudosos da ditadura. Capitão reformado do Exército, o então presidente era um defensor do regime.