Os Correios registraram um prejuízo de R$ 3,2 bilhões em 2025, reflexo de altos custos operacionais e do impacto da taxação de compras internacionais. A estatal, que vinha em trajetória positiva com lucro de R$ 2,4 bilhões em 2022, viu seu faturamento com encomendas internacionais ultrapassar R$ 1 bilhão entre julho e setembro de 2024. No entanto, o cenário mudou com a chamada “taxação das blusinhas”, que reduziu drasticamente o volume de mercadorias enviadas ao Brasil.
Além da queda na receita, os altos custos operacionais pesaram nas contas da estatal. Entre os principais gastos, destacam-se:
R$ 3,7 bilhões com a universalização postal, mantendo serviços obrigatórios deficitários;
R$ 200 milhões com benefícios aos funcionários, incluindo o vale-peru de fim de ano.
Sem capacidade de investimento em tecnologia, robotização e rastreamento avançado, os Correios perderam competitividade para operadores logísticos privados.
Com uma diretoria questionada por sua qualificação técnica e a pressão da nova tributação sobre importados, a estatal enfrenta desafios para equilibrar suas contas e recuperar a lucratividade.
