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Em depoimento ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que os atos de 8 de janeiro de 2023 foram inesperados e que os militares não tinham conhecimento prévio da invasão às sedes dos Três Poderes em Brasília.
A oitiva ocorreu em novembro do ano passado, quando Moraes interrogou o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Na ocasião, Cid destacou que os militares estavam de férias e que os manifestantes que participaram dos atos vieram “de fora” da capital federal.
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“Os militares já estavam todos de férias, eu já estava desligado, eu já estava de férias na casa do meu irmão. (…) Foi uma surpresa muito grande”, declarou o tenente-coronel.
O depoimento de Cid reforça a tese de que não houve um planejamento prévio das Forças Armadas para um suposto golpe de Estado, contrariando algumas narrativas sobre a articulação por uma ruptura institucional no Brasil.
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