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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficou visivelmente irritado ao perceber a baixa participação de representantes da indústria em um evento no Palácio do Planalto, que marcava um ano de investimentos na indústria de Defesa. Diante do cenário de cadeiras vazias e necessidade de reorganização do cerimonial para evitar um ambiente constrangedor, o presidente decidiu não discursar e cancelou os compromissos seguintes do dia.
O evento, que contou com a presença de ministros e chefes das Forças Armadas, esperava também a participação significativa de membros da iniciativa privada, o que não ocorreu. Segundo o portal UOL, foram contabilizadas mais de dez cadeiras vazias na mesa principal, o que levou a equipe de cerimonial a reposicionar os presentes para minimizar a impressão de esvaziamento.
A ausência de empresários incomodou Lula, que, segundo auxiliares, esperava uma demonstração mais expressiva do setor produtivo. O presidente, que geralmente encerra eventos com uma fala, chamou o auxiliar Fernando Igreja e avisou que não discursaria. Em seguida, a cerimônia foi encerrada. A Secretaria de Comunicação (Secom) afirmou que a fala de Lula não estava prevista no roteiro oficial.
Pouco depois, Lula comunicou aos assessores que não participaria das demais agendas do dia, incluindo uma reunião com ministros no Planalto e um evento com jovens cientistas. Oficialmente, a Secom atribuiu o cancelamento à necessidade de organização das viagens presidenciais ao Amapá e ao Pará nos dias seguintes.
Ainda assim, o presidente seguiu para a Granja do Torto, residência oficial, deixando o Planalto por volta das 14h35. Antes disso, teve um encontro com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), onde trataram de investimentos do PAC no estado, incluindo o túnel Santos-Guarujá.
A irritação de Lula com o evento esvaziado não foi um episódio isolado. Aliados apontam que a frustração reflete o atual clima do governo, que esperava um ambiente mais favorável na relação com a iniciativa privada e a sociedade. Além disso, o ministro da Secom, Sidônio Palmeira, tem defendido uma estratégia de redução do número de eventos públicos do presidente, sugerindo um foco maior em aparições midiáticas e entrevistas que repercutam melhor na opinião pública.
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