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‘Persona non grata’: a visão de vereadores de Aparecida sobre projeto contra lula
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Publicado em 07/02/2025

O projeto que busca tornar o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), “persona non grata” em Aparecida de Goiânia gerou forte reação entre os vereadores do município. De autoria do vereador Dieyme Vasconcelos, do PL, a matéria rendeu críticas até mesmo de colegas de seu próprio partido que veem dificuldade no avanço da tramitação do texto. Alguns consideram que o projeto “nasce morto” e veem desvio da finalidade do mandato.

 

Ao Poder em Jogo, o ex-presidente da Câmara, vereador André Fortaleza (PL) disse que vai analisar o texto na íntegra, mas antecipou posição contrária. “O projeto não visa benefício nenhum aos aparecidenses e sim a benefício próprio. Eu não vejo contribuição nenhuma desse projeto, nenhuma relevância para Aparecida. É um projeto para promoção pessoal e ‘politiqueiro’. É o extremismo que vem tomando conta do país. Sou totalmente contra extremismos”, afirmou.

 

Outro vereador correligionário de Dieyme, Gleison Flávio, se mostrou contrário ao avanço do projeto na Câmara. “Sou contra. Para mim, isso tornou-se coisa pessoal”, salientou. Dieyme é aliado de primeira hora do deputado federal Gustavo Gayer. Para ele, o projeto não vai avançar na Câmara. No mesmo dia, inclusive, também endereçou projetos de lei que concediam cidadania aparecidense a Gayer e ao presidente estadual do seu partido, senador Wilder Morais (PL). Ambos fazem oposição a gestão Lula.

 

 

Dieyme Vasconcelos afirma que está utilizando sua prerrogativa como vereador e que ao pautar a matéria, contribui com a democracia. “Minha primeira pauta na tribuna foi em defesa das mães cujos filhos perderam o período integral e passaram para o parcial. Agora, quem pauta meu mandato são aqueles que votaram em mim. Protocolei o projeto e vamos levar esse debate ao parlamento. Isso é democracia!”, salientou.

 

O único vereador do PT na Câmara, Mazinho do Madre Germana, reagiu de maneira enfática, classificando a proposta como “desrespeitosa”. Ele destacou as contribuições do governo Lula para a cidade, como a construção de três UPAs na gestão Maguito Vilela e o programa Minha Casa, Minha Vida. “O Dieyme que é meu amigo, tem que respeitar a democracia que elegeu o presidente que mais contribuiu com Aparecida. Tem que se preocupar com o presidente dele, que talvez nem candidato seja porque está inelegível. O ex-prefeito deixou uma dívida no HMAP e o presidente mandou R$ 28 milhões para quitar. O Dieyme está preocupado com o fanatismo e deixando de ver a realidade”, criticou Mazinho.

 

Thalles de Castro (PSB) argumentou que o foco dos vereadores deveria ser a crise financeira enfrentada pelo município e criticou a perda de tempo com pautas ideológicas. “A Câmara precisa apresentar projetos e requerimentos que contribuam para o município recuperar sua saúde fiscal. A relação institucional e administrativa com o governo federal tem que estar acima dos interesses ideológicos. Aparecida precisa de investimentos e não de rompimentos políticos”, pontuou.

 

Para o vereador Lipe Alves, do PSDB, a matéria pode render prejuízos para Aparecida. “É uma matéria de extrema irresponsabilidade. Se ele é contra o Lula isso é a opinião dele e tem de ser respeitada. Agora, formalizada fazendo que Aparecida vire as costas para o Governo Federal, isso não existe. Nem em cidades em que o PL tem prefeitos eleitos e a maioria na Câmara isso foi ventilado. Temos de agir com responsabilidade”, pontuou.

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