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Governo Lula investiga impacto dos biocombustíveis na alta dos alimentos
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Publicado em 05/02/2025

Preocupado com a escalada dos preços dos alimentos, o governo Lula investiga os fatores que levaram o óleo de soja a subir quase 30% em 2023 e avalia se o aumento da produção de etanol de milho tem influenciado o custo do grão no mercado interno.

 

Na semana passada, o presidente criticou a alta no preço do óleo de soja, que, segundo ele, custava R$ 4 por litro no início de seu mandato e agora se aproxima dos R$ 10. “Eu quero saber se a soja para o biodiesel está criando problema; quero saber se o milho para o etanol está criando problema. Só posso saber disso se chamar os empresários da área para conversar, ao invés de ficar falando da coisa sem ter conhecimento”, disse Lula.

 

 

Setor agropecuário nega relação entre biocombustíveis e aumento dos alimentos

Empresários do agronegócio foram procurados pelo governo para fornecer informações sobre o impacto dos biocombustíveis nos preços dos alimentos. O presidente da União Nacional do Etanol de Milho (Unem), Guilherme Nolasco, afirmou que enviou dados ao Ministério de Minas e Energia e ao BNDES, que financia novas usinas do setor. Segundo ele, o etanol de milho não tem influência direta nos preços dos alimentos.

 

“A produção de etanol de milho não é concorrente e não tem nada a ver com o preço dos alimentos. Nosso desafio é mostrar ao mundo que podemos produzir muitas coisas ao mesmo tempo, sem substituir uma cultura por outra e sem avançar sobre áreas não produtoras”, disse Nolasco.

 

 

 

Representantes do setor de óleo de soja também foram acionados e argumentam que o aumento nos preços é resultado da valorização do dólar e da quebra da safra anterior, e não da demanda para biocombustíveis.

 

Expansão do biodiesel preocupa governo

A preocupação do governo se intensifica porque, a partir de abril, a mistura de biodiesel no diesel subirá de 14% para 15%, seguindo o cronograma do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Atualmente, o biodiesel é produzido, em grande parte, com óleo de soja. Até 2030, essa fração pode chegar a 25%, impulsionada pelo programa Combustível do Futuro, sancionado no ano passado.

 

 

O governo também estuda elevar a adição de etanol na gasolina, de 27,5% para 30%, com possibilidade de atingir 35% no futuro.

 

Com a alta dos preços dos alimentos impactando diretamente a popularidade de Lula, o Planalto tem buscado respostas para entender as causas da inflação no setor. Segundo pesquisa da Quaest, oito em cada dez brasileiros relataram aumento no custo da alimentação no último mês.

 

 

Enquanto aguarda mais informações do setor produtivo, o governo mantém o alerta sobre os impactos dos biocombustíveis e segue analisando medidas para conter a alta dos alimentos.

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