Desde o anúncio do acordo por um cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas, mais de 70 pessoas morreram na Faixa de Gaza, de acordo com o anúncio do serviço de emergência da Defesa Civil local, nesta quinta-feira (16/01). Israel intensificou os ataques aéreos contra Gaza horas após o anúncio do acordo, na quarta-feira (15).
Catar e Estados Unidos anunciaram o acordo, que prevê a libertação de dezenas de reféns e a retirada gradual das tropas israelenses de Gaza. Ambos, junto com o Egito, mediaram as negociações que se arrastaram por meses. Apesar de assinado, o cessar-fogo só entra em vigor no domingo (19/01).
De acordo com o balanço do ministério de Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, foram registradas 81 mortes nas últimas 24 horas em ataques israelenses, além de 188 feridos. No total, o número de palestinos mortos na guerra chega a 46.788. Um dos bombardeios israelenses atingiu uma escola, transformada em abrigo para deslocados da guerra, deixando quatro pessoas mortas e 20 feridas.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou o Hamas de não respeitar os termos do cessar-fogo e causar uma “crise de última hora” no acordo. O Hamas nega. Os palestinos pedem uma implementação mais veloz da trégua, que pode ser atrasada pelo impasse entre Israel e Hamas mencionado por Netanyahu.
“Perdemos casas a cada hora. Exigimos que essa alegria não desapareça, a alegria que foi desenhada em nossos rostos – não a desperdicem adiando a implementação da trégua até domingo”, disse o morador Mahmoud Abu Wardeh.