O setor de serviços no Brasil registrou uma queda de 0,9% em novembro de 2024, interrompendo dois meses consecutivos de crescimento expressivo, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar do recuo mensal, o setor segue em trajetória positiva no comparativo anual, com alta de 2,9% em relação a novembro de 2023. No acumulado do ano, o crescimento é de 3,2%, reforçando o papel do setor como um dos principais motores da economia brasileira.
A retração de novembro foi puxada principalmente pelos segmentos de transportes, que registraram queda de 2,7%, e serviços profissionais, administrativos e complementares, com recuo de 2,6%. Esses desempenhos negativos impactaram o resultado geral, ainda que o setor permaneça 16,9% acima do nível observado em fevereiro de 2020, antes dos impactos da pandemia de COVID-19.
Mesmo com a retração pontual, o setor de serviços continua em patamar histórico, acima do nível mais alto já registrado pela Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), iniciada em 2011. O IBGE destacou que a recuperação pós-pandemia tem sido consistente, apesar dos desafios econômicos enfrentados nos últimos anos.
Representando cerca de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, o setor de serviços permanece como uma peça-chave na sustentação da economia nacional. A combinação de resultados positivos no longo prazo e níveis históricos reforça o papel estratégico do setor, mesmo diante de oscilações pontuais como a de novembro.