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“Bolsonaro foi uma decepção pra mim”, desabafa Mabel após a eleição
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Publicado em 29/10/2024

Um dia após ser eleito prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), disse em entrevista exclusiva ao Mais Goiás, concedida nesta segunda-feira (28), que decepcionou muito com o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que foi seu colega no Congresso Nacional, enquanto ambos eram deputados e mantinham uma relação próxima até o início do período eleitoral. Mais do que as críticas, o eleito disse que a partir de agora, a tendência é Bolsonaro “desaparecer” do mapa político.

 

Mabel, que em outras entrevistas disse que era chamado carinhosamente de ‘rosquinha’ por Bolsonaro, também lembrou que recebeu um convite para ser seu ministro quando o capitão foi eleito presidente da República, em 2018. Entretanto, o acirramento da campanha fez com que a relação entre ambos azedasse de vez.

Bolsonaro voltou a chamar Mabel de “rosquinha” – dessa vez de forma pejorativa – associou o prefeito eleito a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e, no domingo (27), enquanto esteve em Goiânia, disse que Caiado escolheu o candidato errado e o chamou de “inimigo” provocando marcas na relação.

 

 

Sandro Mabel: “Já ajudei Bolsonaro demais, foi uma decepção pra mim”

“Bolsonaro foi uma decepção pra mim enorme. Ele me conhece, eu já ajudei ele demais, ele me chamou pra ser ministro dele e pra ele vir aqui e ficar falando bobagem aqui, com uma conversa pra ganhar uma eleição”, destacou Mabel durante a entrevista.

 

Subindo o tom contra o ex-presidente, Mabel disse que Bolsonaro se preocupou mais com o capital eleitoral do que com a cidade. “Ele não tava preocupado com Goiânia, quando coloca um candidato desse tipo [referindo-se a Fred Rodrigues], sustenta um candidato desse tipo, não tá preocupado com Goiânia, tá preocupado em fazer bases eleitorais. Ele tá pouco se lixando com o povo de Goiânia, se a cidade ia ficar ruim ou boa, ele nem sabia como é que a cidade tava, então pra ele qualquer um servia, ele queria ganhar a eleição aqui”, salientou.

Ele também projetou um futuro onde Bolsonaro estará fora do mapa político. “A tendência dele é desaparecer, porque ele, essa questão de ter essa visão de extremismo, não ganha eleição”, destacou sinalizando um futuro onde a direita moderada irá ser soberana.

 

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