Uma professora do Texas (EUA) ficou em estado grave após contrair uma doença rara devido ao uso prolongado do absorvente interno durante a festa de casamento de um amigo. Dois diais após o evento, Ashley DeSkeere acordou com calafrios e muita náusea, vomitando a cada meia hora. Num primeiro momento, ela pensou que havia tido uma infecção alimentar, mas em três dias sua pressão arterial caiu e ela passou a ter dificuldade para respirar.
“Eu estava com muito medo. E disse ao meu marido que achava que ia morrer. Eu nunca me senti tão mal em toda a minha vida”, revelou Ashley.
Em crise, correu para o hospital. Após ser atendida, foi informada pelos médicos que havia desenvolvido uma condição raríssima que acomete 1 pessoa em 100 mil pessoas, chamada síndrome do choque tóxico (TSS), causada por manter o absorvente interno por oito horas consecutivas.
Os profissionais que atenderam Ashley disseram que ela teve sorte de sobreviver à infecção. A mãe de três filhos está em tratamento e a família abriu uma vaquinha online para ajudar no custeio dos medicamentos.
O que é a síndrome do choque tóxico
Mesmo rara, essa doença é muito perigosa, pois causa a morte em 70% dos casos de acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos. Existem causas variadas para a síndrome do choque tóxico, mas todas estão relacionadas à presença das bactérias Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes no organismo do paciente, de acordo com a Rede D’or São Luiz.
As mulheres são as mais atingidas justamente pelo uso do absorvente interno. Deixá-los na vagina por longos períodos, enquanto a mulher está menstruada, pode criar um ambiente quente, o que estimula o crescimento de bactérias encontradas no sangue menstrual.
Os absorventes internos, especialmente os maiores, podem grudar nas paredes vaginais, causando pequenas abrasões pelas quais bactérias podem se infiltrar na corrente sanguínea.