Embora a vitória tenha ficado com Eduardo Pimentel (PSD), Cristina Graeml (PMB) se firmou como a grande protagonista da eleição em Curitiba. Mesmo sem os R$15 milhões em financiamento que Pimentel recebeu e sem o apoio de pesos políticos locais como Ratinho Jr. e Rafael Greca, Graeml chegou ao segundo turno e mostrou que sua capacidade de mobilização é forte. Jornalista de formação e com uma trajetória marcada por uma postura firme em temas políticos e sociais, Graeml conquistou um número expressivo de eleitores em sua primeira corrida eleitoral, consolidando-se como uma voz influente da direita para futuras disputas.
A votação expressiva de Graeml surpreendeu a todos, especialmente considerando que ela entrou na disputa do zero. Com isso, a jornalista se destacou como a principal representante da direita curitibana que, pela primeira vez em muitos anos, se uniu com sucesso em torno de uma candidatura capaz de alcançar o segundo turno na capital paranaense.
Com 54 anos, Graeml tem tempo e força para planejar um futuro político robusto. Analistas acreditam que a jornalista poderia facilmente ser uma candidata competitiva para o cargo de deputada federal, caso opte por um caminho mais direto de atuação em Brasília. No entanto, outras opções não estão descartadas: o Senado ou mesmo o governo do Paraná surgem como possibilidades para 2026, principalmente em um cenário em que o estado tem uma demanda crescente por renovação de quadros políticos.
Embora Cristina tenha sido vencida por Eduardo Pimentel no pleito municipal, é inegável que ela saiu fortalecida. O apoio maciço de eleitores conservadores à sua candidatura demonstrou que há uma base sólida pronta para apoiá-la em voos mais altos.
Para 2026, Graeml provavelmente não continuará no PMB, partido que a abrigou durante esta eleição, mas que não possui estrutura financeira nem visibilidade nacional. Observadores políticos indicam que ela pode ser atraída por legendas de maior estrutura, como o PL ou o Novo, que buscam expandir suas bases. Além disso, há especulações sobre o interesse de partidos da direita moderada, que enxergam em Graeml uma possibilidade de renovação alinhada a pautas econômicas e sociais menos extremadas.
O que a jornalista conseguiu em sua estreia política foi uma construção de base, um ativo raro e que poderá ser determinante para as eleições de 2026. Ela agora carrega consigo uma reputação de resiliência e renovação, atributos que poderão levá-la, futuramente, a desempenhar papéis relevantes tanto na esfera federal quanto estadual.