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Resistência a antibióticos pode matar 39 milhões até 2050, indica estudo
Ciência e Tecnologia
Publicado em 17/09/2024

A resistência a antibióticos pode causar a morte de 39 milhões de pessoas até 2050, de acordo com um estudo divulgado nesta segunda-feira (16) pela revista The Lancet. Os cientistas alertam que as mortes anuais relacionadas à resistência antimicrobiana podem aumentar em cerca de 70% nos próximos 25 anos. Estima-se que mais de 39 milhões de pessoas ao redor do mundo perderão a vida nesse período devido a infecções causadas por bactérias resistentes a antibióticos.

 

Além disso, o estudo apresenta uma estimativa mais ampla, que, embora não estabeleça uma relação direta de causa e efeito, sugere que a resistência bacteriana a antibióticos poderá contribuir indiretamente para outras 169 milhões de mortes no mesmo intervalo. O estudo aprofundou a análise dos impactos globais da resistência antimicrobiana (RAM) entre 1990 e 2021, e projeta seus efeitos entre 2025 e 2050 para 204 países e territórios.

 

Os dados mostram que, entre 1990 e 2021, mais de 1 milhão de pessoas morreram anualmente devido à resistência antimicrobiana. Nesse mesmo período, as mortes entre crianças com menos de 5 anos diminuíram 50%, enquanto as mortes de pessoas com mais de 70 anos aumentaram em mais de 80%.

 

 

Se não houver medidas eficazes para conter essa tendência, até 2050, o número de mortes anuais atribuídas diretamente à resistência a antibióticos poderá chegar a 1,91 milhão, e as mortes associadas indiretamente a essa condição podem atingir 8,22 milhões, representando um aumento anual de 67,5% e 74,5%, respectivamente, em comparação com os números de 2021.

 

O estudo também aponta que melhorias no tratamento de infecções graves, o desenvolvimento de novas vacinas e um uso mais criterioso dos antibióticos poderiam salvar até 92 milhões de vidas entre 2025 e 2050.

 

Em 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu a resistência aos antibióticos entre as dez maiores ameaças à saúde pública global. Naquele ano, o número de mortes causadas por resistência antimicrobiana superou as mortes por aids e malária.

 

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