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Mostra de filmes que destaca a força do audiovisual feminino acontece neste final de semana em Goiânia
Ciência e Tecnologia
Publicado em 21/06/2024

A Mostra de Filmes Águas-Correntes começou nesta quinta-feira (20) no Cine Ritz Sala Sesc, em Goiânia, destacando a produção audiovisual feminina do Centro-Oeste. O festival é gratuito e se estende até o próximo domingo (23), exibindo 20 obras de ficção, animação e documentário, realizadas por cineastas de diferentes origens e idades, especialmente negras, indígenas e quilombolas.

 

Esta mostra é parte inicial de um projeto maior que incluirá a publicação do livro “Águas Correntes – A Produção Audiovisual Feminina do Centro do Brasil”, previsto para o segundo semestre de 2024. A curadoria é de Lidiana Reis, cineasta e idealizadora do Prêmio Cora, e Ceiça Ferreira, professora de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal de Goiás (UEG) e fundadora do Cineclube Maria Grampinho.

 

Segundo Ceiça Ferreira, os filmes materializam o desejo das mulheres de contar histórias a partir de suas próprias perspectivas, assumindo uma posição de poder frequentemente atribuída aos homens. Lidiana Reis complementa que o título “Águas Correntes” simboliza a força e resiliência das mulheres que escolhem o cinema como campo de atuação.

 

 

A mostra homenageia pioneiras como Rosa Berardo, Claudia Nunes e Adriana Rodrigues, de Goiás, e Dácia Ibiapina, do Distrito Federal. Essas mulheres abriram caminho para a produção cinematográfica fora do eixo Rio-São Paulo desde os anos 1980. Também são exibidos filmes de cineastas contemporâneas que continuam essa jornada, como Simone Caetano e Fabiana Assis, de Goiás, Juliana Capilé e Samantha Col Debella, do Mato Grosso, e Marineti Pinheiro, do Mato Grosso do Sul, entre outras.

 

Entre os destaques da programação estão a ficção “A velhice ilumina o vento”, de Juliana Segóvia (MT), que narra a vida de Valda, uma idosa negra e trabalhadora doméstica em Cuiabá; o documentário “Me Farei Ouvir”, de Bianca Novais e Flora Egécia (DF), que discute a sub-representação feminina na política brasileira; e “Kuna Porã – Matriarcas Guarani e Kaiowá”, de Fabiana Fernandes e Daniela Jorge João, que evidencia o cotidiano de mulheres indígenas.

 

Outro filme de destaque é “Meada Cor Kalunga”, dirigido por Marta Kalunga, Alcileia Torres e Analu Reis de Sá, documentando a coleta de raízes do cerrado para tingimento de tecidos no quilombo Vão de Almas, em Goiás.

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