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Mercados financeiros mundiais caem com temor de recessão nos EUA
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Publicado em 06/08/2024

A expectativa de uma recessão nos Estados Unidos (EUA) provocou uma forte queda nas bolsas da Ásia, Oceania e Europa nesta segunda-feira (5), afetando também os índices futuros em Nova York. O intenso fluxo de vendas fez com que os circuit breakers fossem acionados em várias bolsas asiáticas.

 

Os circuit breakers são mecanismos das bolsas de valores que interrompem o pregão quando ocorrem oscilações bruscas no mercado de ações. Essa ferramenta é ativada para rebalancear as ordens de compra e venda dos investidores, protegendo o mercado da volatilidade antes que os negócios sejam retomados.

 

 

Em Tóquio, o índice Nikkei 225 despencou 11,6%, a maior queda desde a crise financeira de 2011. O Topix caiu mais de 7%. Nos índices futuros de Nova York, a Nasdaq caiu 3,7%, o S&P 1,8%, e o Dow Jones 0,76%. Em Taiwan, o índice Taiex caiu 5,7%, enquanto em Hong Kong, o Hang Seng perdeu 2,1%. Na Austrália, o S&P/ASX200 recuou 1,3% e, na Coreia do Sul, o Kospi caiu 3,4%.

 

As ações europeias também abriram em baixa: o CAC 40 da França caiu 2,1%, o IBEX da Espanha recuou 2,8%, e o FTSE 100 do Reino Unido diminuiu 1,7%. Esse movimento é resultado principalmente dos juros altos nos EUA, que visam conter a inflação, e dos dados fracos de geração de empregos divulgados na última sexta-feira (2). Esses fatores ampliaram o medo de recessão, gerando aversão ao risco e apostas em cortes acentuados e rápidos nas taxas de juros.

 

 

Outros elementos, como a alta do iene e tensões no Oriente Médio, também influenciaram as quedas, segundo a Bloomberg. Analistas do Goldman Sachs elevaram suas chances de recessão nos próximos 12 meses em 10 pontos percentuais, para 25%, embora ainda vejam espaço para o Fed aliviar a política. Já os analistas do JPMorgan estão mais pessimistas, atribuindo uma probabilidade de 50% a uma recessão nos EUA.

 

Michael Feroli, economista do JPMorgan, afirmou que, com o Fed atrás da curva, espera-se um corte de 50 pontos base na reunião de setembro, seguido por outro corte de 50 pontos base em novembro. Ele mencionou que um afrouxamento entre reuniões é possível, especialmente se os dados piorarem, embora os funcionários do Fed possam se preocupar com a interpretação desse movimento. Há receios de que o Fed tenha mantido os juros altos por muito tempo, aumentando os riscos de recessão na maior economia do mundo. Um corte na taxa de juros facilitaria empréstimos para empresas e residências, estimulando a economia, mas seus efeitos podem demorar meses para aparecer.

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