Durante a sessão de abertura do segundo semestre judiciário, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, reafirmou a importância da segurança durante as viagens dos ministros da Corte. Em um mundo que ele descreve como significativamente alterado, Barroso destacou que as recentes exigências de segurança são essenciais e justificadas, mencionando que “o mundo mudou” e que as novas realidades exigem adaptações em como as proteções são implementadas.
Barroso criticou a cobertura midiática que ele considera repetitiva e muitas vezes mal informada sobre os custos e a logística das viagens oficiais. “Não importa quantas vezes apresentamos informações corretas, a incompreensão parece persistir,” lamentou o ministro, referindo-se às críticas frequentes na imprensa sobre as despesas de viagem dos ministros do STF.
O presidente do STF esclareceu que as despesas de viagem são pagas pelo tribunal apenas em casos de representações institucionais, e que nenhum ministro viaja com despesas pagas pelo STF para compromissos privados ou em classe executiva sem que seja por necessidade representativa. Além disso, ele reforçou que o STF não fiscaliza nem controla compromissos pessoais de seus ministros, que são de natureza privada.
O ministro também relembrou eventos passados, como sua presença na final da Copa do Mundo de 2014 e nas Olimpíadas de 2016, salientando que, apesar da ausência de problemas de segurança nesses eventos, os tempos mudaram. “Infelizmente, nós, ministros, já vivemos momentos difíceis de tentativa de agressão e hostilidade. Precisamos assegurar que a integridade dos membros do tribunal seja mantida em todas as circunstâncias,” concluiu Barroso, enfatizando a necessidade de uma política de segurança robusta e adaptativa.