A sogra de Fábia Cristina Santos, de 43 anos, pedagoga encontrada morta após desaparecer com o marido em Goiás, diz ter sido agredida por policias civis durante uma ação. O caso, denunciado ao Ministério Público, aconteceu em Quirinópolis, região Sudoeste do estado.
Fábia ficou desaparecida por 40 dias até ter o corpo encontrado no carro que ela tinha com o marido, Douglas José de Jesus. O corpo do homem foi encontrado em um matagal de Trindade dias depois que a polícia encontrou o cadáver da esposa.
Segundo a denúncia, Laura Rosa de Jesus, foi agredida durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão em sua residência no dia 2 de maio. Antes, portanto, do corpo do homem ter sido encontrado.
Sogra de Fábia Cristina afirma ter sido agredida por Policiais Civis com socos
Ela relatou que seis policiais arrombaram a porta da residência, por volta das 6h, a arrastaram a agrediram com socos. A denúncia aponta que ela teve ferimenos nas costelas e fêmur. Além das agressões físicas, a denúncia aponta que os policiais xingaram os familiares de Douglas, suspeitando que ele estivesse se escondendo.
O caso foi registrado no Ministério Público e na Polícia Civil, em maio.
Em nota, a Polícia Civil informa que os fatos que são objeto da denúncia já estão sendo apurados pela Superintendência de Correições e Disciplina desde o início.
Relembre o caso Fábia Cristina
O casal de Goianira desapareceu no dia 9 de março e o corpo de Fábia só foi encontrado no dia 22 de abril, dentro do carro do casal. A polícia suspeita de que Douglas tenha assassinado a esposa, ocultado o cadáver e depois se matado. O corpo dele foi encontrado somente no dia 11 de março.
Fábia teria sido vítima de Douglas por violência doméstica. Segundo a advogada Rosemere Oliveira, fotos de machucados foram encontradas no computador pessoal da mulher. “Tive acesso ao computador dela. No e-mail, ela juntava várias fotografias, inclusive com imagens bem fortes onde ela foi vítima de uma tentativa de homicídio, em que Douglas tentou tirar a vida dela dias antes do desaparecimento”, disse.