A Polícia Federal ainda investiga a fuga de dois presos da penitenciária federal de Mossoró, RN, expondo indícios que sugerem “fortemente” crimes de facilitação de fuga e dano qualificado. A investigação revela que a engenhosidade dos detentos em sua escapada levanta suspeitas sobre a segurança interna do presídio.
Os detentos, utilizando barras de metal para desmontar luminárias das celas, abriram caminho até um duto de manutenção. Este duto foi o portal para o telhado, de onde desceram à liberdade, passando por uma área de obras próxima às cercas de segurança do complexo. A habilidade com que manipularam o ambiente a seu favor, incluindo o uso de ferramentas de corte encontradas casualmente e a navegação no escuro facilitada por um poste de luz desativado, indica uma possível cumplicidade interna ou negligência.
Além disso, o achado de um alicate no percurso sugere premeditação no fornecimento de meios para a fuga. A coordenação e o tempo investido na retirada da luminária da cela, que poderia ter sido detectada por uma simples revista, levanta questionamentos sobre a frequência e eficácia das inspeções.
A cereja do bolo nesta investigação é a revelação de que o Comando Vermelho possivelmente financia uma rede de apoio aos fugitivos.