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Perícia analisa provável sangue e ossada atribuídos a Pedro Lucas, desaparecido em Rio Verde; entenda
Polícia
Publicado em 09/01/2024

A perícia da Polícia Científica analisa provável sangue e ossada atribuídos a Pedro Lucas Santos, em Rio Verde. Enquanto o suposto sangue foi encontrado na casa onde o menino morava, a ossada foi detectada em uma região de mata na zona rural do município. Ambos os materiais são atribuídos ao menino, que está desaparecido desde 1° de novembro de 2023. O pedreiro José Domingos da Silva Santos, 22, padrasto do garoto, foi preso temporariamente na segunda-feira (8).

 

Para o delegado Adelson Candeo, que investiga o caso, várias são as contradições que levaram à solicitação e à decretação da prisão do pedreiro. A principal delas, relatou, é o fato de José Domingos ter ido buscar o enteado mais novo na escola, exatamente no dia em que Pedro Lucas desapareceu.

 

“Mesmo sem qualquer informação de que o Pedro Lucas não poderia buscar o irmão mais novo na escola, como sempre fazia, José Domingos foi até a instituição e pegou o enteado. O fato chamou atenção até mesmo da diretora, que nunca o tinha visto por lá. Além disso, ninguém sabe o que ele ficou fazendo durante toda a tarde daquele dia, já que nem no serviço apareceu”, relatou o delegado.

 

Provável sangue e ossada atribuídos a João Lucas apontam provável homicídio na casa onde ele morava

O resultado preliminar de uma perícia feita pela Polícia Científica feita na casa da família no último dia 18 de dezembro, reforça a suspeita de que Pedro Lucas tenha sido assassinado pelo padrasto, dentro do imóvel. Fragmentos que podem ser de sangue, segundo Adelson Candeo, foram encontrados no tanque de lavar roupa, e em um berço. Tanto o tanque quanto o berço, segundo a perícia, foram lavados.

 

Um exame de DNA que está sendo realizado em Goiânia poderá confirmar, ou não, que o material pertence à criança desaparecida. A perícia também já está analisando uma ossada, que aparenta ser de uma criança, e que foi encontrada no início desta semana, em uma mata próxima ao Córrego Abórora, na zona rural de Rio Verde.

 

Desaparecimento foi comunicado por parentes de fora da cidade

Na coletiva concedida à imprensa na manhã desta terça-feira (9), o delegado Adelson Candeo relatou que, não fosse uma visita, feita por parentes de Pedro Lucas, que moram em outra cidade, até hoje o desaparecimento dele não teria sido relatado à polícia. “Foram alguns parentes, que chegaram à Rio Verde no dia cinco de novembro, quem, ao notarem a falta do menor na casa, procuraram o Conselho Tutelar, que nos acionou”, descreveu.

 

Quando prestou depoimento no início das investigações, a mãe de Pedro Lucas disse que não comunicou o desaparecimento dele à polícia por temer a perda da guarda de seus outros dois filhos. Por enquanto, segundo o delegado, ela não figura como suspeita pelo desaparecimento do menor. Já José Domingos da Silva poderá ser indiciado por homicídio qualificado de menor, e ocultação de cadáver.

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