Três homens e uma mulher foram presos pela Polícia Civil suspeitos de participação em um assassinato praticado no final do mês passado, em Goiânia. Investigações apontam que o quarteto matou um conhecido por acreditar que ele seria simpatizante de uma facção criminosa rival à que eles pertenciam.
Com mãos e pés amarrados, e colocado dentro de um sofá, o corpo de Diego Vieira de Souza, de 35 anos, foi encontrado em uma mata na Rua Euclides da Cunha, no Parque Industrial João Braz, no último dia 19 de setembro. Ao apurar o caso, agentes da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH) descobriram que a vítima tinha sido morta por pessoas que o conheciam.
Walisson Guilherme e Hobert Tavares, segundo a polícia, eram amigos de Diego, e decidiram matá-lo depois de verem a imagem de uma facção criminosa na tela de proteção do celular dele. Após contarem o caso para outros conhecidos, uma mulher, identificada apenas pelo primeiro nome, Jeany, atraiu a vítima até a casa onde estavam Walisson e Hobert, que, após amarrá-lo, o assassinaram com golpes de faca e facão.
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Uma segunda mulher, identificada também somente pelo primeiro nome, Jéssica, assistiu a execução, e, segundo a polícia, junto com Jeany, incentivou o crime. Posteriormente ao assassinato, os executores chamaram Matheus Cambraia, que é irmão de Walisson, e Leobhynno Neres, que mora nas proximidades, para que levassem o corpo até uma mata.
Dupla filmou o assassinato e divulgou vídeos em grupos de WhatsApp
Durante as investigações, a polícia descobriu que Walisson e Hobert filmaram o momento em que assassinavam Diego, e depois espalharam o vídeo em grupos de WhatsApp. No vídeo, um dos autores dá ordem para que o comparsa acabe de matar a vítima e, em seguida, manda um recado para a “favela”, dizendo que “pizão nóis mata assim”.
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Esse tipo de registro, segundo a polícia, é feito por criminosos que almejam ganhar notoriedade na facção criminosa que integram. Os seis suspeitos pelo crime responderão por homicídio culposo, duplamente qualificado e por ocultação de cadáver.
Segundo a DIH, nomes e imagens dos quatro presos foram divulgados para que novas vítimas ou testemunhas possam reconhece-los e para ajudar na conclusão do inquérito. “A divulgação da imagem e identificação do(s) preso(s) foi precedida nos termos da Lei n.º 13.869, Portaria n.º 547/2021 – PC e despacho do delegado de polícia responsável, tendo em vista o interesse público em fomentar a colaboração de testemunhas, identificar fontes de prova e perquirir outros delitos porventura cometidos pelos suspeitos”.