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Chipre resgata 45 migrantes sírios de barcos em perigo, incluindo 11 crianças
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Publicado em 23/06/2023

Os serviços de emergência cipriotas resgataram 45 migrantes sírios de dois barcos na noite de quinta-feira, depois de serem informados que eles estavam com problemas perto de um resort costeiro no Cabo Greco, disseram as autoridades nesta sexta. O grupo incluía 29 homens, cinco mulheres e 11 crianças.

 

A polícia enfatizou que eles estavam bem de saúde e foram transferidos para um centro de recepção de imigrantes nos arredores da capital, Nicósia. Duas pessoas, de 20 e 18 anos, foram detidas sob suspeita de pilotar os barcos e devem comparecer ao tribunal ainda nesta sexta-feira.

 

Um dos grupos, com 18 migrantes irregulares, viajava em um barco de madeira, e outro, com 27 pessoas, em um bote de borracha. Eles foram detectados em Cabo Greco, perto da cidade turística de Aya Napa, na costa sudeste da ilha.

 

 

A operação de resgate ocorreu um dia após outro barco com 37 migrantes sírios ter sido interceptado na mesma região e escoltado para terra.

 

O acidente ocorreu uma semana após uma embarcação superlotada com mais de 750 migrantes ilegais a bordo virar no sul da Grécia, próximo à Península do Peloponeso, deixando ao menos 79 mortos numa das rotas migratórias mais movimentadas do Mediterrâneo, por onde passam dezenas de milhares de pessoas todos os anos.

 

Nos cincos primeiros meses de 2023, o trajeto, conhecido como Mediterrâneo Central, registrou mais que o dobro de entradas ilegais na União Europeia (UE) que o mesmo período no ano passado, segundo um relatório da Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex).

 

 

O Chipre, membro da União Europeia, afirma estar na vanguarda dos fluxos migratórios irregulares, tendo registado no ano passado, pela primeira vez, o maior número per capita de requerentes de asilo dentro do bloco.

 

 

Drama que se repete

Na quinta-feira também foram resgatados 227 migrantes nas Ilhas Canárias, na Espanha, um dia após mais de 30 migrantes morrerem no local, depois que seu bote afundou. A rota é um das três do Mediterrâneo utilizadas para migração ilegal.

 

Enquanto isso, mais de 280 famílias paquistanesas se apresentaram às autoridades porque temem ter perdido um parente no naufrágio de um barco de migrantes em meados de junho na costa grega, afirmou o ministro do Interior do Paquistão nesta sexta-feira.

 

 

Depois de deixar a Líbia, um velho e sobrecarregado barco de pesca virou na noite de 13 de junho ao largo da península do Peloponeso, na rota de migração mais perigosa do mundo. Na ocasião, 82 pessoas morreram e 104 sobreviveram. Mas os testemunhos dos sobreviventes sugerem que várias centenas de pessoas estavam a bordo, cujos corpos não foram encontrados.

 

— Até agora, 281 famílias paquistanesas nos contataram para nos dizer que um membro da família pode ter sido vítima deste acidente — disse o ministro do Interior, Rana Sanaulah, ao Parlamento.

 

Entre os sobreviventes estão apenas 12 paquistaneses, mas Sanaullah estima que “cerca de 350 paquistaneses estavam a bordo”.

 

 

A Agência Federal de Investigação do Paquistão (FIA) coletou até agora 193 amostras de DNA de famílias para ajudar a identificar os corpos. O número de pessoas desaparecidas supera em muito o de corpos encontrados.

 

As autoridades paquistanesas também relataram a detenção de 25 supostos traficantes de pessoas desde a tragédia. 

Agência O Globo

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