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A secretaria da Educação de Goiás disponibilizou a portaria que autoriza professores e coordenadores pedagógicos a vistoriar mochilas de alunos da estadual de ensino. A medida ocorre após os ataques recentes à unidades de ensino e visa “mitigar a violência e acolher o educando com comportamento potencialmente violento”.
Conforme portaria 1867, “fica autorizada a vistoria diária, na entrada das unidades de ensino, dos objetos portados pelos estudantes, como medida cautelar para a proteção da comunidade escolar, bem como controlar o acesso de terceiros nas dependências da escola”.
Esta vistoria, contudo, deve respeitar a dignidade do aluno e evitar qualquer constrangimento ou tratamento vexatório. Além disso, o texto prevê que a equipe gestora deverá orientar os professores e outros servidores da instituição a ficarem atentos a mudanças de comportamento de alunos. “Quando houver, comunique à gestão escolar imediatamente”, diz trecho do documento.
O texto ressalta, ainda, a manutenção do sigilo do suposto autor de atos violentos para “não glorificar a imagem do agressor” e a promoção de uma política educacional contra o discurso de ódio. A portaria prevê, ainda, um estudo de impacto financeiro para a aquisição de equipamentos e recursos de segurança nas escolas.
O documento é assinado pela secretária de Educação, Fátima Gavioli.
Fala do governador
O governador Ronaldo Caiado (União Brasil), logo após o ataque em Santa Tereza de Goiás (veja abaixo), na terça, já tinha antecipado sobre a autorização para vistoria nas mochilas dos alunos. Além disso, ele citou outras medidas para garantir a segurança das unidades de ensino.
Entre elas, o gestor falou sobre a implantação de detectores de metal nas escolas. “Nós já estamos autorizando a compra. Uns acham que teria que botar porta giratória, mas no caso de Blumenau, por exemplo, ele [o suspeito] pulou o muro. Aí você tem que fazer cerca com arame de penitenciária ou cerca elétrica. Daqui a pouco, o pai não sabe se está levando o filho para a escola ou para o presídio”, declarou.
Ele ainda disse que os pais dos alunos menores de idade seriam responsabilizados em relação ao conteúdo acessado e publicado por eles nas redes sociais. Para ele, os responsáveis deverão pagar por omissão ou conivência.
“Temos a necessidade de responsabilizarmos, neste momento, os pais e as redes sociais. Não é possível mais nós admitirmos que os pais, que sabem muito bem que têm direito de ter acesso a todo conteúdo da rede social de seus filhos, amanhã aleguem desconhecimento do que está ocorrendo.”
Recente
Na terça-feira, um adolescente esfaqueou dois colegas dentro de uma escola Estadual, em Santa Tereza de Goiás. Ele teria planejado o ataque por aproximadamente dois anos, segundo a polícia. Além disso, ele também teria dito às autoridades que o atentado foi motivado por bullying constante.
Durante o ato, o jovem entrou armado na escola com uma machadinha, além de facas, estilete e bombas caseiras com o intuito de fazer o máximo de vítimas possíveis. Ele chegou a ferir três pessoas com uma faca, mas foi imobilizado pelo porteiro quando tentava ir ao auditório da escola, onde utilizaria as bombas.
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