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Moraes libera PMs a desbloquear todas as rodovias ocupadas por bolsonaristas no País
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Publicado em 01/11/2022

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou, nesta terça-feira (1º/11), que as polícias militares dos estados desobstruam as estradas bloqueadas no país e identifiquem os responsáveis pelos bloqueios. Medida ocorre depois que decisão da Suprema Corte relativa à Polícia Rodoviária Federal (PRF) não foi cumprida.

 

“As polícias militares dos Estados possuem plenas atribuições constitucionais e legais para atuar em face desses ilícitos, independentemente do lugar em que ocorram, seja em espaços públicos e rodovias federais, estaduais ou municipais, com a adoção das medidas necessárias e suficientes, a critério das autoridades responsáveis dos Poderes Executivos Estaduais, para a imediata desobstrução de todas as vias públicas que, ilicitamente, estejam com seu trânsito interrompido, com o resguardo da ordem no entorno e, principalmente, à segurança dos pedestres, motoristas, passageiros e dos próprios participantes do movimento ilegal que porventura venham a se posicionar em locais inapropriados nas rodovias”, escreveu o ministro na decisão.

 

Policiais militares devem ainda identificar eventuais caminhões utilizados para bloqueios, obstruções e/ou interrupções em causa para que remetam a juízo para que responsáveis sejam multados em R$ 100 mil. [Militares ainda podem efetuar] prisão em flagrante delito daqueles que estiverem praticando os crimes”, acrescentou.

 

“Risco à segurança pública”

A decisão de Moraes surge num momento de escalada de tensão no País por causa dos bloqueios de estradas e avenidas por bolsonaristas que contestam o resultado das eleições desde o último domingo (30), quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da SIlva (PT) derrotou o presidente Jair Bolsonaro (PL).

 

Moraes, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), chamou as paralisações realizadas em todo o País de “movimento ilegal” e reforçou a autorização dada aos governadores para que adotem todas as medidas necessárias e “suficientes” para dar fim a essas manifestações.

 

No despacho, o ministro escreveu que as informações disponíveis até o momento demonstram a existência de “risco à segurança pública em todo o território nacional”, inclusive por meio de crimes contra as “instituições democráticas”.

Da Redação
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