O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) enxerga indícios de possível negligência e recusa de atendimento médico no caso da morte de um bebê no Hospital Regional de Taguatinga (HRT), no dia 11 de maio de 2021. Por esse motivo, o MPDF negou o pedido da Polícia Civil para arquivar a investigação do caso. A polícia formulou o requerimento amparada por um laudo médico que diz que o falecimento aconteceu por causas naturais. Ele sofreu, de acordo com a perícia, uma pneumonia por Vírus Sincicial Respiratório (VSR).
No dia anterior à morte, os pais levaram a criança até a Unidade Básica de Saúde de Samambaia, onde (segundo o MP) tiveram atendimento negado e foram negligenciados. Mesmo enfermo, o bebê recebeu alta apenas com um antitérmico infantil.
Na noite do dia 10 de maio do ano passado, o bebê sofreu uma convulsão e foi levado ao HRT pela equipe do Serviço de Atendimento Móvel e Urgências (Samu), mas veio a óbito no dia seguinte.
A promotoria pediu para a Polícia Civil esclarecer, junto à Secretaria de Saúde (SES), as medidas de prevenção e atendimento de emergência pediátrica no hospital e nas unidades básicas de saúde para casos de pneumonia viral, tanto bacteriana quanto fúngica (em especial os casos de VSR), uma vez que se trata de uma doença altamente contagiosa.
O objetivo do MPDFT é prevenir eventuais casos semelhantes, além de punir possíveis condutas criminosas.
Vírus
O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) se prolifera em ambientes com aglomeração e pouca ventilação. Ele provoca uma infecção aguda e é altamente contagioso, principalmente para crianças de até cinco anos de idade. Não há vacina contra o vírus, até o momento. A prevenção e tratamento é feito com medicamentos.
