A Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) registrou 9.812 novas infecções por Covid-19 da última segunda-feira, 17 de janeiro, até hoje, 19. Conforme a pasta, há 982.807 casos confirmados da doença. Na segunda, esse número era de 972.995. A quantidade de mortes confirmadas pela doença do coronavírus até hoje chega a 24.792.
A alta de casos acompanhou a taxa de ocupação de leitos de UTI para Covid-19 do Estado. A taxa de ocupação dos leitos é de 85% na tarde desta quarta-feira. Dos 163 leitos de UTI da Covid para adultos, 131 estão ocupados e somente 24 estão disponíveis. Outros oito estão bloqueados.
Quanto aos óbitos, vale destacar que os confirmados não ocorreram necessariamente no dia de registro. De acordo com a SES-GO, um delay no sistema do Ministério da Saúde no final do ano passado provocou o represamento de dados, o que demanda a inserção diária de óbitos retroativos. Segundo a Secretaria, os dados do Ministério ficaram fora do ar entre 9 e 24 de dezembro do ano passado, e estão sendo inseridos até hoje.
Redução nas mortes por Covid-19
Apesar do aumento de casos da doença, a quantidade de mortes causadas por ela em janeiro deste ano despencou em comparação com o mesmo período do ano anterior. De acordo com dados de uma planilha da SES-GO à qual a reportagem do Mais Goiás teve acesso, Goiás teve 213 óbitos por Covid-19 nas primeiras semanas de 2021. No mesmo período do ano seguinte, esse número caiu para 21.
De acordo com o documento, Goiás confirmou 213 mortes provocados pela Covid-19 entre os dias 1º e 11 de janeiro de 2021 – uma média diária de 19 mortes. No mesmo período de 2022, a quantidade confirmada de óbitos foi de 21, o que dá menos de duas mortes por dia. Comparado o período de 11 dias de janeiro de 2021 e 2022, a redução na quantidade óbitos foi de 90,14%. No cenário geral, Goiás confirmou 24.747 mortes do início da pandemia até esta quarta-feira (12).
Em entrevista ao Mais Goiás, o médico infectologista Marcelo Daher atribui a expressiva queda na quantidade de vítimas fatais da Covid-19 ao processo de vacinação no estado. Segundo ele, o imunizante tem cumprido sua missão de mitigar os efeitos da Covid-19 no organismo humano, impedindo que a doença evolua para quadros graves e de óbitos.
“A vacina protege produzindo anticorpos. Frente à apresentação desses antígenos [substância estranha ao organismo, no caso, o coronavírus], a vacina irá fazer com que quando tenhamos a doença, nosso organismo o reconheça e tenha anticorpos prontos [para combatê-los]”, explica o infectologista.
