A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, na quinta-feira (17), a aplicação de uma vacina contra covid-19 adaptada pela Pfizer no público de cinco a 11 anos. Esse imunizante é diferente daquele que vem sendo aplicado em pessoas com 12 anos ou mais ao longo do ano. A principal dferença está na concentração do antígeno aplicado.
Para explicar melhor: a dose aplicada no braço dos adultos contém 30 microgramas de RNA mensageiro modificado que codifica a proteína S (do coronavírus). A concentração é de 0,5 mg/ml. A ose que as crianças menores de 12 anos receberão terá 10 microgramas de RNA. E a concentração será de 0,1 mg/ml.
O volume do líquido injetado vai cair de 0,3 ml para 0,2 ml. A seringa a ser usada deve ser a de 1 ml (de agulha fina). Logo, terá que estar 20% preenchida.
Vacina contra covid-19 em criança: cada frasco terá mais doses
Como o volume aplicado em cada criança é menor do que o volume aplicado em adultos, é possível que cada frasco contenha um número maior de doses – o que facilita a logística do Sistema Único de Saúde (SUS). O frasco pediátrico terá tampa laranja (para facilitar a identificação dos pais) e, em vez de seis doses, terá 10.
Há ainda diferenças no armazenamento. A dose usada em adultos e adolescentes pode ficar um mês em temperaturas de 2ºC a 8ºC. Com a dose infantil, o prazo de estocagem se amplia para 10 semanas.
A princípio, o intervalo entre primeira e segunda dose será de 21 dias.
Um ponto importante: se a criança tomou a vacina pediátrica na primeira dose e completou 12 anos antes de tomar a segunda, ela deve completar o ciclo vacinal com o imunizante pediátrico.