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Comerciante assassinado no Setor Marista foi ameaçado dentro da boate
Polícia
Publicado em 23/11/2021

A Polícia Civil já não tem dúvidas de que o assassinato de um comerciante na porta de uma boate na rua 146, no Setor Marista, na madrugada de segunda (22) teve motivação passional. Poucas horas antes do crime, o autor dos tiros – que ainda está foragido – mandou avisar para Luiz Roberto Chirstichini Filho, de 29 anos, que estava com a ex namorada dele dentro da boate e que acertaria as contas com ele.

 

Oito testemunhas, incluindo a ex-mulher do atirador, e que atualmente estava namorando com a vítima, já foram ouvidas na Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH). Para os policiais, elas relataram que vítima e autor estavam dentro da mesma boate na noite e madrugada que antecederam a execução.

 

“Nós já sabemos que o Luiz Felipe Neves Marques, de 25 anos, estava na parte de cima da boate, e quando viu sua ex esposa com o Luiz Roberto na parte baixa mandou alguém avisar para ele que aquilo não ficaria por isso mesmo. A ex-esposa dele também contou que, assim que se separaram, há pouco mais de três meses, o Luiz Felipe ameaçou que mataria qualquer pessoa que se envolvesse com ela, e que só não tiraria a vida dela também porque eles tem um filho de apenas três anos”, contou o delegado João Paulo Mendes, adjunto da DIH.

 

O carro pertencente a Luiz Felipe, e que foi usado por ele para chegar e sair da boate, foi apreendido no final da tarde de ontem no estacionamento do condomínio onde ele mora, no Jardim Goiás. O atirador, porém, segue foragido. Mas a DIH criou um perfil de Whatsapp exclusivo para receber denúncias sobre o paradeiro dele. O número é o (62) 98524-1000, e o denunciante não precisa se identificar. O delegado que investiga o caso disse que decidiu divulgar a foto do suspeito para que quem souber do paradeiro dele, comunique a polícia.

Autor e vítima pertencem a facção criminosa carioca

Tanto o autor dos disparos, quanto a vítima fatal já possuem inúmeros antecedentes por crimes graves, como roubo, porte ilegal de armas, e tráfico de drogas.

 

Eles também, relatou o adjunto da DIH, integram uma facção criminosa carioca que atua em todo o Brasil, mas a hipótese de que o assassinato tenha alguma relação com outros delitos está descartada. “Foi crime passional, sem dúvida nenhuma”, concluiu João Paulo Mendes.

 

Imagens registraram como foi a execução

Ainda na manhã de ontem, os agentes da DIH conseguiram imagens de uma câmera de segurança que registrou detalhes de como aconteceu o assassinato.

 

Poucos segundos após entrar sozinho em seu carro, que estava estacionado na calçada, e acender um cigarro, Luiz Roberto foi interpelado por Luiz Felipe, que estava com um capuz, e, suspeita-se, também usava um colete balístico.

 

Após uma rápida conversa, a vítima foi agarrada pelo pescoço, e, mesmo sem esboçar qualquer tipo de reação, recebeu seis disparos, à queima roupa, morrendo na hora.

Aulus Rincon
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