Um entregador foi preso suspeito de aceitar o convite para um estupro coletivo após deixar comida da casa onde ocorreu o crime contra um jovem, de 24 anos. O caso aconteceu em Praia Grande, no litoral de São Paulo em 24 de outubro. Além do entregador, outras três pessoas foram presas por participação no crime.
Os suspeitos foram presos temporariamente por policiais da Delegacia de Defesa da Mulher com apoio do Grupo de Operações Especiais. A delegada que investiga o caso, Lyvia Bonella, explicou como teria sido a dinâmica do crime.
“Os abusadores pediram comida por aplicativo, e veio um motoboy entregar. Ele foi convidado a participar dos atos abusivos que a vítima estava sofrendo. E ele, segundo três presos, foi lá e participou, e a vítima o reconheceu”, explicou a delegada.
Dos cinco suspeitos, três confessaram que mantiveram relações sexuais com a vítima. Entretanto, eles alegam que a vítima consentiu da relação e confirmaram que a mesma estaria embriagada.
O entregador negou a participação no crime e o quinto suspeito não consumou a relação. A prisão deles foi realizada após a vítima reconhecê-los.
A polícia reforça que, mesmo a pessoa estando embriagada, ela não tem condições de consentir e, por isso, é considerada vulnerável.
Os suspeitos têm idades entre 19 a 37 anos. Três celulares foram apreendidos e um outra mulher foi presa após ser considerada foragida desde 2018 pelo crime de roubo.
Os quatro suspeitos respondem por estupro de vulnerável, com aumento de pena pelo fato de ter sido coletivo.
Estupro coletivo contra jovem
O crime aconteceu em 24 de outubro. A jovem teria encontrado algumas amigas em uma praia da cidade. Elas saíram e foram até uma adega para comprar bebidas alcoólicas, local onde estava um dos suspeitos, que as convidou para ir à casa dele.
A jovem conhecer um rapaz e, já na residência, teria subido para manter relações sexuais com ele, que não consumou. Entretanto, os quatro homens subiram até o cômodo e praticaram o estupro. A jovem foi retirada do local por um dos rapazes e foi levada para o Hospital Municipal de Praia Grande.
Durante depoimento à polícia, a jovem disse que não se lembra muito do que aconteceu devido à embriaguez, mas explicou que viu o momento em que mais homens subiram até o cômodo e a estupraram. A polícia conseguiu apurar o local onde o crime teria ocorrido e o espaço foi reconhecido pela vítima, assim como viu um dos suspeitos.
A roupa da vítima foi levada para passar por perícia e a vítima foi ao Instituto Médico Legal (IML), onde foi submetida ao exame de corpo de delito. Os resultados são aguardados para conclusão do inquérito.