A Secretaria Municipal da Saúde afirmou nesta quarta-feira (4) que o Instituto Butantan detectou, na terça (3), 28 amostras da variante delta do novo coronavírus no município de São Paulo.
Segundo a pasta da gestão Ricardo Nunes (MDB), a capital paulista conta com 50 diagnósticos para a nova variante. Os casos estão em investigação pelas UBSs (Unidades Básicas de Saúde).
O primeiro caso no município foi confirmado em 7 de julho. O paciente é um homem de 45 anos que mora no Belenzinho (zona leste) e que, segundo ele, trabalha em casa e não teve contato com pessoas que voltaram de viagem.
Após monitorar cerca de 40 pessoas que tiveram contato com a família do paciente, a secretaria conclui que já havia transmissão comunitária na cidade da cepa.
De acordo com a pasta, o monitoramento das variantes na capital é realizado por meio de cálculo de amostras por semana epidemiológica. “As amostras seguem para análise do laboratório do Instituto Butantan, do governo do estado, onde é realizado o sequenciamento genético”, disse, em nota.
Além dessa ação de monitoramento, a secretaria também mantém parceria com o Instituto de Medicina Tropical da USP (Universidade de São Paulo) e possui a vigilância do laboratório estadual do Instituto Adolfo Lutz.
Semanalmente, cerca de 600 amostras são enviadas aos respectivos laboratórios. O objetivo do trabalho é identificar quais cepas circulam pela cidade. A ação com os laboratórios foi iniciada em abril de 2021.
Por causa da variante, a secretaria instalou barreiras sanitárias nos terminais rodoviários da capital e no aeroporto de Congonhas (zona sul) para monitorar passageiros que chegam à cidade.
Na última terça, o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, afirmou que as UBSs vão distribuir 500 mil máscaras do tipo N95 para pacientes com sintomas para tentar conter a variante.
Leitos foram reservados no Hospital Geral de Guaianases (zona leste), exclusivamente para tratar pacientes com a nova cepa.
A variante delta do coronavírus Sars-CoV-2 (anteriormente chamada de B.1.617.2) foi primeiramente identificada na Índia em outubro de 2020 e é apontada como a principal responsável pelo surto de Covid-19 que atingiu o país asiático no início deste ano, sobrecarregando os sistemas de saúde e levando caos ao sistema funerário.