A justiça decretou a prisão preventiva contra a mãe que deixou os filhos gêmeos de nove meses em casa para ir a uma festa, em Cidade Ocidental, no entorno do Distrito Federal. Um dos bebês morreu enquanto ela estava fora. A mulher, cuja identidade não foi revelada, já estava detida pela Polícia Civil (PC).
O caso corre em segredo de justiça, por se tratar de um bebê. De acordo com a delegada responsável pelo caso, Dilamar Castro, foram encontrados vídeos no celular da mãe que mostraram ela na festa alterada por álcool ou drogas.
A delegada informou ainda que a mãe confirmou aos policiais, mas não em depoimento, que deixou os filhos sozinhos e que aquela não foi a primeira vez. Ela afirmou que, nas outras ocasiões, nada havia acontecido com eles.
A defesa da suspeita afirmou à TV Anhanguera que o que aconteceu foi uma fatalidade e que vai provar que a morte do bebê foi um acidente.
Relembre o caso
O caso aconteceu no último domingo, (2). De acordo com a PC, a mulher saiu de casa por volta das 22h30min e só retornou no dia seguinte, às 10h30min. Quando chegou em casa, viu que um dos filhos estava bastante roxo e sem respirar.
“Quando ela chegou em casa e viu que o filho estava naquela situação, foi para a rua e pediu ajuda para uma pessoa. No meio do caminho, elas encontraram uma viatura da Polícia Militar. Os policiais tentaram reanimar o bebê. Como não conseguiram, o levaram até o hospital da cidade”, informou a investigadora ao Mais Goiás.
Quando os militares chegaram até o hospital com a criança, a equipe médica constatou que ela já estava sem vida. Ainda na unidade de saúde, segundo a delegada, a médica responsável pelo atendimento solicitou que o corpo fosse encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), pois havia lesões aparentes, principalmente no rosto do bebê.
“O que o perito concluiu, até o momento, é que tinham lesões superficiais no corpo do bebê. Estas foram provocadas antes da sua morte. No entanto, segundo o laudo, a causa do óbito pode ter sido um engasgamento.” Segundo ela, os policiais recolheram as substâncias para investigar essa possibilidade. “Vale lembrar que isso é apenas uma suspeita”, reforça.
Dilamar diz que foi apurado que já existiam duas denúncias registradas no Conselho Tutelar de Cidade Ocidental contra a mãe dos gêmeos. A primeira, em outubro de 2020, quando ela ainda não havia registrado os nomes dos filhos. A segunda aconteceu em abril deste ano, por falta de alimentação e localidade.
Artur Dias
Do Mais Goiás
