A Associação dos Oficiais da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros do Estado de Goiás (Assof) publicou uma nota de repúdio contra a ação do Ministério Público (MP) que pede interrupção da vacinação dos profissionais das forças de segurança pública até que chegue ao estado a remessa das doses destinadas para os grupos estabelecidos no calendário do Plano Nacional de Imunização (PNI).
O documento diz que os militares mesmo não lotados na atividade operacional, estão em contato direto com outros militares, sujeitos a escalas extraordinárias operacionais frequentes, sujeitos a ordens de cumprimento de atividades de policiamento e salvamento e, ainda, sujeitos a serem, a qualquer tempo, transferidos para o serviço externo.
“Acreditamos que o Governo estadual está agindo do modo mais correto, ante a recorrente infecção de militares, muitas vezes ocasionando perdas do nosso maior capital: o ser humano”, reforça. Cremos também que a vacinação das forças de segurança e salvamento não caracteriza qualquer violação aos direitos coletivos e individuais indisponíveis. Ao contrário, apenas militares estaduais sadios permitirão que os direitos de todos os cidadãos sejam garantidos e respeitados”, continua a carta.
PNI
Os promotores responsáveis pela ação, Marlene Nunes Freitas Bueno e Marcus Antônio Ferreira Alves, afirmam que há um risco grave e irreversível de comprometer o Plano Nacional de Imunização (PNI). Eles argumentam que o plano foi pensado com o objetivo de proteger as pessoas que têm maior risco de apresentar quadros graves da doença.
“De forma expressa, o Ministério da Saúde preconizou que aqueles que não estão envolvidos com atividades de combate à Covid-19 deverão ser imunizados em conformidade com os critérios já estabelecidos no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19”, diz o documento.
Eduardo Pinheiro
Do Mais Goiás