A Corregedoria da Polícia Militar de Goiás (PM-GO) publicou uma recomendação para que os militares se lembrem de todos os fatos registrados em ocorrências que participaram. O documento, assinado pela Coronel Núria Guedes da Paixão e Castilho, tem o objetivo de fazer com que os militares possam depor em processos na justiça com mais informações a respeito dos crimes.
De acordo com a recomendação, os policiais militares, “devem ser capazes de esclarecer sobre os elementos e as circunstâncias apuradas no processo crime, oferecendo ao juízo informações substanciais sobre as ocorrências que participaram. Caso contrário todo o serviço feito pela polícia militar ficará perdido por falta de “memórias” de nossos policiais”.
O texto reforça ainda que todos os comandantes devem tomar as providências para que seus subordinados compareçam em juízo com clara noção da importância dos seus testemunhos.
A recomendação foi publicada depois que de uma reclamação feita pelo promotor de justiça Publius Lentulus Alves da Rocha. Ele alegou à Subprocuradoria-Geral para Assuntos Institucionais do Ministério Público de Goiás que frequentemente os policiais militares alegam que não se recordam dos fatos ocorridos.
Ainda de acordo com o promotor, a consequência disso é que os militares não conseguem oferecer informações importantes para os processos. Ele afirma que o problema acontece mesmo quando os fatos não aconteceram a muito tempo.
Na reclamação, Publius sugeriu que a Academia da Polícia Militar e a Corregedoria Geral tomassem providências no sentido de conscientizar os membros da corporação sobre a importância de memorizar os fatos registrados nas ocorrências.
Artur Dias
Do Mais Goiás